Mundo

Governo moçambicano aprova estrutura de financiamento de projeto de gás no Rovuma

O Conselho de Ministros de Moçambique aprovou hoje a estrutura de financiamento do projeto de Gás Natural Liquefeito (GNL) que o consórcio liderado pela norte-americana Anadarko vai desenvolver na bacia do Rovuma, região norte.

O porta-voz do Conselho de Ministros de Moçambique, Augusto de Sousa, disse, em conferência de imprensa, que o executivo aprovou a proposta de o projeto de GNL Golfinho Atum ser financiado em 14 mil milhões de dólares (12,8 mil milhões de euros) por fundos bancários e em 11 mil milhões de dólares (9,7 mil milhões de euros) por capitais próprios dos acionistas da concessão.

“Trata-se de um projeto estimado em 25 mil milhões de dólares (22 mil milhões de euros)”, declarou Augusto de Sousa.

O porta-voz do Conselho de Ministros de Moçambique reiterou que o consórcio da Área 1 da bacia do Rovuma vai fazer o anúncio da decisão final de investimento (FDI, na sigla inglesa) no dia 18 deste mês em Maputo.

A Anadarko lidera o primeiro projeto de GNL ‘onshore’ em Moçambique. O grupo de empresas vai explorar o gás natural encontrado nas profundezas da crosta terrestre, sob o fundo do mar, a 16 quilómetros ao largo da província de Cabo Delgado.

Depois de extraído, através de furos, o gás será encaminhado por tubagens para a zona industrial a construir em terra, na península de Afungi, onde será transformado em líquido e conduzido para navios cargueiros com contentores especiais para exportação.

O plano prevê duas linhas de liquefação, instaladas em terra, e com capacidade anual de produção de 12 milhões de toneladas por ano de gás natural líquido.

Além da Anadarko, que lidera o consórcio com 26,5 por cento, o grupo que explora a Área 1 é constituído pela japonesa Mitsui (20 por cento), a indiana ONGC (16 por cento), a petrolífera estatal moçambicana ENH (15 por cento), cabendo participações menores a outras duas companhias indianas, Oil India Limited (4 por cento) e Bharat Petro Resources (10 por cento), e à tailandesa PTTEP (8,5 por cento).

Em destaque

Subir