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Governo israelita aprova legalização de colonato selvagem na Cisjordânia

O governo israelita aprovou hoje a legalização de um colonato selvagem na Cisjordânia, a dois dias das eleições legislativas cruciais para o futuro político do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu.

O governo aceitou “transformar o colonato selvagem de Mevoot Yericho no vale do Jordão num colonato oficial”, anunciou o gabinete de Netanyahu.

O colonato de Mevoot Yericho localiza-se perto de Jéricho, a principal cidade árabe do vale do Jordão, situada a norte do mar morto.

A notícia surge no dia em que o primeiro-ministro reuniu o conselho de ministros na Cisjordânia e a dois dias das legislativas israelitas, que opõem o Likoud de Benjamin Netanyahu e o partido Kahol Lavan, “Azul-Brando” em português, do ex-chefe do exército Benny Gantz.

Netanyahu prometeu na semana passada anexar o conjunto dos colonatos judeus no vale do Jordão, língua de terra estratégica que representa cerca de 30 por cento da Cisjordânia ocupada, se ganhar as eleições.

Este anúncio foi vivamente criticado pelos responsáveis palestinianos, que nesta anexação veem a morte do processo de paz, e por parte da classe política israelita favorável à anexação mas que considera o ‘timing’ eleitoralista.

Netanyahu comprometeu-se em anexar os colonatos judeus do vale do Jordão “imediatamente” depois destas eleições que se adivinham muito disputadas tendo em conta as últimas sondagens dos media locais.

Legalizado conforme o direito israelita, o pequeno colonato de Mevoot Yericho manter-se-á contudo ilegal para a comunidade internacional.

Atualmente, mais de 600.000 israelitas mantêm uma coexistência frequentemente conflituosa com três milhões de palestinianos na Cisjordânia e em Jerusalém Oriental, a parte palestiniana da cidade ocupada e anexada por Israel.

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