Nos últimos 20 anos, nunca o risco de agressões a ou atentados contra membros do Governo foi tão alto, segundo uma avaliação do SIS. O Sol avança que a PSP alargou o dispositivo de segurança a todos os ministros: dois agentes passam a escoltar cada governante nas deslocações.
Ser ministro em Portugal é, nos tempos atuais, um trabalho perigoso. De acordo com a edição de hoje do Sol, o Serviço de Informações de Segurança (SIS) reavaliou o quadro de segurança dos membros do executivo terá concluído que “a possibilidade de agressões aos ministros tornou-se a maior de sempre”, no período de duas décadas.
“Nunca um Governo esteve sob um grau de ameaça tão elevado como o de Passos Coelho, pelo menos nas últimas duas décadas. Todos os ministros são, neste momento, protegidos por elementos do corpo de segurança pessoal da PSP porque, segundo a avaliação feita pelo Serviço de Informações de Segurança, correm o risco de sofrer agressões e mesmo atentados”, refere a notícia.
A reavaliação do SIS terá obrigado a PSP a reforçar o quadro de segurança do executivo. O grau três de ameaça, numa escala até cinco, passou a vigorar para todos os agentes, quando em condições ‘normais’ é atribuído apenas aos ministros de Estado ou com funções de soberania, como Administração Interna (Miguel Macedo) e Defesa (Aguiar-Branco).
“Em 2012, o SIS estendeu o grau de ameaça 3 – considerado significativo, numa escala de cinco níveis – aos restantes membros do Executivo. Esta classificação, que também abrange o Presidente da República, significa que, no mínimo, são destacados dois agentes para acompanhar as deslocações diárias dos governantes, que também podem ter um polícia à portad de casa”, complementa o mesmo artigo.
Ainda de acordo com o semanário, as cerimónias do 10 de junho, agendadas para Elvas, terão um quadro de segurança com 120 agentes do corpo de intervenção da PSP.