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Governo dos Açores avalia prejuízos da passagem da tempestade tropical Helene

O Governo dos Açores está a avaliar os prejuízos agrícolas causados pela passagem da tempestade tropical Helene pela região, na semana passada, anunciou hoje a Secretaria Regional da Agricultura e Florestas.

Com incidência sobretudo nas Flores e na Terceira, o processo está a ser desenvolvido em articulação com as associações agrícolas destas ilhas do grupo Ocidental.

O titular da pasta da Agricultura, João Ponte, citado numa nota de imprensa, afirmou que os técnicos dos Serviços de Desenvolvimento Agrário das ilhas das Flores e da Terceira “já estão no terreno a avaliar a dimensão dos prejuízos relatados pelos produtores, particularmente na cultura do milho”.

Na quarta-feira, o presidente da Associação Agrícola da ilha das Flores referiu que as rajadas de vento forte que se registaram com a passagem da tempestade tropical Helene, no sábado e no domingo passados, provocaram prejuízos na produção de milho naquela ilha.

“Em relação aos milhos de silagem, principalmente, estamos com perdas significativas porque os milhos estavam prontos a ensilar, estavam muito pesados e, com o vento que se fez sentir de sábado para domingo, os milhos viraram e estão a dar muito trabalho na colheita e a produção vai ser muito mais baixa”, disse Valter Câmara à agência Lusa.

O representante dos agricultores florentinos considera que “a situação é complicada”, sendo que há sobretudo prejuízos na zona de Santa Cruz, Lajes e Caveira, da ilha das Flores, devido ao vento de quadrante sul.

Valter Câmara disse que, para já, não é possível fazer a contabilização de prejuízos, apesar de estimar que sejam “significativos”.

De acordo com João Ponte, este “tem sido um ano atípico” por via da seca prolongada e através da tempestade tropical, duas situações que “perturbam o normal funcionamento do setor agrícola”.

O governante recordou que o problema da seca afetou a agricultura praticamente em toda a região, sobretudo na produção de erva para silagem e de milho forrageiro destinados à alimentação dos efetivos pecuários, o que levou o Governo dos Açores a “dar uma resposta imediata”, através de apoio à importação de palha e feno na forma prensada e de matérias-primas para a produção de concentrado fibroso.

Foram ainda abertas candidaturas para compensar os produtores pelas perdas de produção e colheita das principais culturas afetadas.

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