Nas Notícias

Governo diz que economia cabo-verdiana “respira confiança” e espera crescer 7%

O vice-primeiro-ministro de Cabo Verde, Olavo Correia, afirmou hoje, após uma reunião com o Presidente da República, que a economia cabo-verdiana “respira confiança” e tem a meta de crescer anualmente 7 por cento.

“A economia cabo-verdiana, hoje, é de confiar. Respira confiança, é previsível e está a crescer. Estamos a crescer a 5 por cento ao ano, o que é um crescimento acima da média do crescimento africano, mas também da economia mundial. Estamos com uma dinâmica que nos vai levar ao crescimento de 7 por cento”, disse Olavo Correia.

O governante, que é também ministro das Finanças, foi recebido hoje, para uma reunião de trabalho no Palácio Presidencial, na Praia, pelo Presidente da República, tendo abordado com Jorge Carlos Fonseca a situação do país.

Segundo o vice-primeiro-ministro, a inflação cabo-verdiana está abaixo dos 2 por cento, enquanto o défice orçamental segue abaixo dos 3 por cento do Produto Interno Bruto (PIB) e “numa trajetória de decréscimo permanente nos últimos três anos”. Há, ainda, um “aumento” do investimento oriundo do estrangeiro, de empresários e da diáspora, mas que não concretizou.

Olavo Correia acrescentou que o peso da dívida pública reduziu de 130 por cento do PIB para 124 por cento nos últimos três anos (no atual mandato), enquanto as reservas internacionais do país cobrem nesta altura necessidades equivalentes a cinco meses de importações.

“A economia cabo-verdiana está estável, está a crescer, mas precisamos de continuar a fazer mais, melhor e mais rápido, para que atinjamos o crescimento económico de 7 por cento. Mas um crescimento económico inclusivo, que inclua todos os setores sociais cabo-verdianos e todas as ilhas e regiões”, apontou.

No final da reunião, como é habitual neste tipo de encontros, o Presidente da República não prestou declarações aos jornalistas.

Contudo, o vice-primeiro-ministro explicou que o encontro também serviu para dar “todas as informações” ao chefe de Estado sobre o processo de concessão a privados dos aeroportos nacionais, cuja intenção do Governo é avançar ainda este ano, colocando o Presidente a par dos passos seguintes a fazer pelo executivo.

O Fundo Monetário Internacional (FMI) aprovou em 15 de julho o Instrumento de Coordenação de Políticas para Cabo Verde, prevendo a eliminação faseada dos subsídios às empresas públicas deficitárias e que fornece ajuda para a continuação das reformas estruturais.

O programa de 18 meses “vai alavancar-se no programa de reformas das autoridades, no âmbito do Plano Estratégico de Desenvolvimento Sustentável, e pretende potenciar a estabilidade macroeconómica através da consolidação orçamental e reformas que fomentem o crescimento para apoiar a sustentabilidade da dívida e do orçamento”, lê-se no comunicado distribuído anteriormente pelo FMI.

“O programa orçamental vai ser ancorado no saldo primário [excluindo os juros da dívida] e na eliminação, ao longo do tempo, do apoio orçamental às empresas públicas deficitárias num contexto de avanço das reformas”, acrescenta-se no comunicado.

A situação económica de Cabo Verde, elogiou o FMI na mesma ocasião, melhorou nos últimos anos, com o arquipélago a passar de um crescimento de 1 por cento do PIB em 2015 para cerca de 5 por cento previstos para este ano e com uma inflação baixa e num contexto de redução do défice orçamental, que caiu de 4,6 por cento do PIB em 2015 para 2,2 por cento estimados este ano.

Em destaque

Subir