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Governo deixa de comparticipar três vacinas e pílulas contracetivas

Com o objetivo de reduzir o défice na Saúde e poupar 19 milhões de euros, a partir de outubro o Governo deixa de comparticipar três vacinas e as pílulas contracetivas. O porta-voz do Movimento de Utentes dos Serviços Públicos considera a medida “desumana”.

As vacinas que deixam de ser comparticipadas pelo Estado são as que combatem o vírus do papiloma humano, que previnem o cancro do colo do útero, o vírus da hepatite B e a bactéria hemophilus tipo B que provoca pneumonia e meningite. A vacina contra o cancro do colo do útero tem um aumento de cerca de 50 euros, passando dos 80 por dose para 127 euros.

No caso das contracetivas, uma pílula que custe cerca de cinco euros, terá um aumento para os 18. Nas medidas do Governo para reduzir a despesa da Saúde, consta também um corte na comparticipação de medicamentos para asmáticos, que passa de 69 por cento para 37.

Apesar destes cortes, a subdiretora regional de saúde, Graça Freitas, garantiu que as vacinas continuam a fazer parte do plano nacional de vacinação e as pílulas contracetivas vão continuar a ser distribuídas nos centros de saúde.

O responsável do colégio de ginecologia da ordem dos médicos, Daniel Pereira da Silva revelou à TSF o receio do aumento da gravidez indesejada e do aborto, com a adoção desta medida, que considera muito negativa.

Medida “desumana”

Em declarações à agência Lusa, o porta-voz do Movimento de Utentes dos Serviços Públicos, Carlos Braga, afirmou que estas decisões “não têm em consideração” a situação socioeconómica do país. Carlos Braga considerou ainda a medida “desumana e penalizadora para os utentes”.

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