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Governo de Moçambique quer definir com doadores mecanismos de apoio à reconstrução

O Governo moçambicano afirmou hoje que vai continuar as discussões com os doadores para a definição dos mecanismos de canalização dos fundos prometidos para a reabilitação das infraestruturas destruídas por ciclones nas regiões norte e centro.

“As discussões com os doadores vão prosseguir, para a definição dos mecanismos de canalização dos apoios”, declarou o porta-voz do Conselho de Ministros de Moçambique, Augusto de Sousa, falando em conferência de imprensa no final da sessão do órgão.

O executivo pretende saber como é que os parceiros internacionais vão encaminhar os 1,2 mil milhões de dólares (cerca de mil milhões de euros) que prometeram na conferência internacional de doadores realizada sexta-feira e sábado passados na cidade da Beira, acrescentou Sousa.

As autoridades moçambicanas, prosseguiu, também querem assegurar que o desembolso dos apoios seja célere, visando garantir que a reconstrução das infraestruturas destruídas pelos ciclones Idai e Kenneth não demore muito tempo.

Por outro lado, Maputo quer encontrar com os doadores formas de suprir o défice de dois mil milhões de dólares (1,7 mil milhões de euros) que falta para completar os 3,2 mil milhões de dólares que o executivo moçambicano estimou para a reconstrução.

O ciclone Idai atingiu o centro de Moçambique em março, provocou 604 mortos e afetou cerca de 1,5 milhões de pessoas, enquanto o ciclone Kenneth, que se abateu sobre o norte do país em abril, matou 45 pessoas e afetou outras 250 mil, de acordo com os números mais recentes.

Os setores dos transportes e comunicações foram os mais afetados, com quase 90 por cento das suas infraestruturas danificadas, segundo dados oficiais.

Sob o lema “Por uma reconstrução rápida, resiliente e abrangente”, a Conferência de Doadores juntou perto de 700 pessoas, entre parceiros de desenvolvimento, fundações, instituições financeiras internacionais, agências da ONU, setor privado nacional e internacional durante dois dias.

Na ocasião, Moçambique angariou cerca de 1,2 mil milhões de dólares dos 3,2 mil milhões de dólares necessários para o projeto de reconstrução dos pontos afetados pelos ciclones Idai e Kenneth.

O plano de reconstrução engloba cerca de 100 projetos socioeconómicos para os locais afetados.

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