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Governo de Macau quer barragem móvel “o mais cedo possível” para evitar cheias

O chefe do governo de Macau, Chui Sai-on, pediu hoje celeridade na construção de uma barragem móvel de marés no Porto Interior, para minimizar o impacto de cheias na cidade.

A solicitação foi dirigida aos membros da comissão que tem por missão acompanhar e dar resposta a catástrofes, presidida pelo próprio Chui Sai On, e diz respeito ao projeto de criação de uma barragem constituída por dispositivos de fecho móveis numa zona da cidade propensa a inundações.

O chefe do Governo defendeu “uma maior consciencialização (…) para responder a grandes desastres e catástrofes, e tomar ativamente medidas preventivas, melhorar as infraestruturas e estudar o planeamento das que estão destinadas à prevenção de cheias e drenagem”, lê-se no comunicado divulgado pelo seu gabinete.

Para isso, acrescentou, é “necessário ainda envidar todos os esforços para a construção da barragem móvel de marés, a fim das obras serem iniciadas e entrarem em funcionamento o mais cedo possível”.

A reunião da Comissão para a Revisão do Mecanismo de Resposta a Grandes Catástrofes e o seu Acompanhamento serviu para os seus membros apresentarem um ponto da situação dos trabalhos de prevenção e redução de desastres.

A construção da barragem é uma das medidas apresentadas há pouco mais de um ano, em conferência de imprensa, pelo chefe do executivo, na sequência da passagem devastadora do tufão Hato que causou dez mortos.

Nessa altura foram apresentadas outras iniciativas como a elaboração da lei de bases da proteção civil, de planos de contingência, do plano de prevenção e redução de desastres em Macau de médio e longo prazo (2019-2028), do projeto de criação de abrigos de emergência e melhoria da capacidade de resposta do sistema energético de Macau a desastres.

A 17 de abril deste ano realizou-se um exercício, – que envolveu quase meio milhar de pessoas – de evacuação das zonas baixas durante a passagem de um tufão.

No final de março, as autoridades de Macau previram que “quatro a seis tempestades tropicais” podem entrar “a menos de 800 quilómetros do território e algumas podem atingir o nível de tufão severo ou super tufão”.

Em meados de setembro do ano passado, o tufão Mangkhut, considerado o mais forte da temporada, causou em Macau prejuízos económicos diretos e indiretos no valor de 1,55 mil milhões de patacas (170,77 milhões de euros), provocou 40 feridos e inundações graves no território, onde o sinal máximo de tempestade tropical esteve içado várias horas.

Ao todo, as autoridades retiraram 5.650 cidadãos das zonas baixas e 1.346 pessoas recorrerem aos 16 centros de abrigo de emergência.

Um ano antes, em 2017, o tufão Hato (posteriormente denominado de Yamaneko pelas autoridades locais), apesar de se caracterizar pela mesma intensidade do Mangkhut, provocou dez mortos, 240 feridos e prejuízos avaliados em 12,55 mil milhões de patacas (1,3 mil milhões de euros).

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