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Governo de Faustino Imbali suspende comissário-geral da polícia da Guiné-Bissau

O Governo de Faustino Imbali, através do seu ministro do Interior, suspendeu o comissário-geral da Polícia de Ordem Pública da Guiné-Bissau, Armando Nhaga, segundo a ordem a que a Lusa teve hoje acesso.

“Tendo em conta a necessidade de adequar os serviços do Ministério do Interior à nova dinâmica que se impõem com a nomeação do novo Governo. Atento ao imperativo do momento político corrente no país. O ministro do Interior, no uso das competências que a lei lhe confere, determina suspender por despacho interno, o comissário-geral da Polícia de Ordem Pública, comissário Armando Nhaga”, refere a ordem.

A ordem de suspensão, que tem data de 01 de novembro, é assinada pelo ministro do Interior António Tchama.

Contactado pela Lusa, o comissário Armando Nhaga disse que é um “funcionário público vinculado às normas e foi nomeado pelo Conselho de Ministros de um Governo constitucional” e continua no seu posto a cumprir as suas obrigações.

O comissário Armando Nhaga sublinhou também à Lusa que não vai acatar nenhuma ordem que não seja legal.

A Guiné-Bissau vive um momento de grande tensão política, tendo o país neste momento dois governos e dois primeiros-ministros, nomeadamente Aristides Gomes e Faustino Imbali.

O Presidente guineense deu quinta-feira posse a um novo Governo, depois de ter demitido o Governo liderado por Aristides Gomes na segunda-feira.

A União Africana, a União Europeia, a CEDEAO, a Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) e as Nações Unidas já condenaram a decisão do Presidente José Mário Vaz de demitir o Governo liderado por Aristides Gomes e disseram que apenas reconhecem o Executivo saído das eleições legislativas de 10 de março, que continua em funções.

O Governo de Aristides Gomes já disse que não reconhece a decisão de José Mário Vaz, por ser candidato às eleições presidenciais, pelo seu mandato ter terminado a 23 de junho e por ter ficado no cargo por decisão da CEDEAO.

Hoje chega também ao país uma missão da CEDEAO para tentar mediar a crise.

Também hoje na Guiné-Bissau arrancou a campanha eleitoral para as eleições presidenciais de 24 de novembro.

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