Medina Carreira considerou que as propostas de PS, Bloco de Esquerda e CDU são um passo para a bancarrota. “Essa gente que anda por aí são mais ou menos uns ‘syrizas’”, diz, numa alusão implícita aos partidos de esquerda.

Judite de Sousa confrontou Medina Carreira com as suas previsões, que apontavam para a bancarrota de Portugal. E o comentador da TVI24 fez a apologia da austeridade.

No programa ‘Olhos nos Olhos’, nesta terça-feira, Medina Carreira não falou em partidos, mas fez uma menção a linhas que estão inscritas nos programas de PS, Bloco e CDU.

“Se isto desandar um pouco, oxalá não aconteça, a queda é muito rápida”, começou por dizer.

O comentador prevê um cenário de rutura financeira, a muito curto prazo, e não acredita nas teorias de António Costa, que quer aumentar os rendimentos das famílias.

“Querem acabar com a austeridade e dar mais dinheiro às pessoas. Simplesmente a riqueza não cresce e, por conseguinte, tem de se pedir dinheiro emprestado, ou aumentar impostos, quando há asneira. Isto é muito simples”, disse.

Para Medina Carreira, o futuro de Portugal pode ser o presente da Grécia. Sem austeridade, não há equilíbrio das contas. O comentador duvida das propostas de esquerda.

“Toda a gente duvida, toda a gente acha que é isto uma casa de doidos. Estamos a fazer um percurso semelhante ao da Grécia. Essa gente que anda por aí são mais ou menos uns ‘syrizas’”, afirmou Medina.

E o colapso pode chegar dentro de muito pouco tempo: “A complicação pode surgir nos fins do ano. Depende da forma como olharem de lá de fora para dentro. As agências de notação. Essa gente é que vai dar o alarme”.

“Não podemos aumentar a despesa pública, porque já estamos acima das possibilidades. Aqueles que querem ir contra a chamada ‘austeridade’ vêm aumentar a despesa pública. Se isto acontecer, é um desastre”, concluiu.