Governo de Costa já aprovou mais plantações de eucalipto do que Passos

A questão das plantações de eucaliptos tem dado que falar, nos últimos tempos, em Portugal, sobretudo por causa dos incêndios florestais, dado que existem especialistas que defendem que o eucalipto ajudar na propagação mais rápida e em maior escala dos fogos do que outro tipo de plantação comum em território português. A discussão tem sido frequente e agora associações ambientalistas e da florestas alertam que o Governo de António Costa já deu mais autorizações para este tipo de plantação do que no Governo de Passos Coelho.

Enquanto Passos Coelho foi primeiro-ministro, de acordo com a denúncia da Quercus e da Acréscimo – Associação de Promoção ao Investimento Florestal, autorizaram-se 43 por cento de novas plantações enquanto o Governo de António Costa é responsável pelos restantes 57 por cento.

Tal alerta resulta de uma análise realizada por estas duas associações após dados mais recentes divulgados pelo Instituto de Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF) sobre à evolução das novas áreas de plantações de eucalipto em Portugal.

“Constata-se que no Governo anterior foram autorizados 43 por cento das novas plantações de eucalipto, sendo que o atual Governo é responsável, só até ao final do primeiro semestre do presente ano, por 57 por cento da expansão legal desta espécie exótica em Portugal”, refere a Quercus, em nota a que o Público teve acesso.

Esta associação ambientalista lembra que António Costa “se comprometeu a travar a expansão desta espécie em Portugal (conforme consta no seu programa, página 179)” e está preocupada com o “acréscimo significativo” de licenças atribuídas agora em relação ao Governo anterior.

Apesar de já ter aprovado nova legislação que limitará as plantações de eucaliptos, a Quercos lembra que só entrará em vigor em meados de fevereiro de 2018. Deste modo, “haverá ainda que considerar, no aumento da área de plantações de eucalipto, as autorizações que venham a ser concedidas no segundo semestre de 2017 e no início de 2018”.

Perante este cenário e uma vez que estão previstas alterações, tanto Quercus como Acréscimo estão “seriamente preocupadas” com a possível “corrida” à plantação de novos eucaliptais antes que a nova lei entre em vigor.

A análise foi feita no período que compreende os dias 17 de outubro de 2013 e o final do primeiro semestre de 2017 e, diz o Público, que pediu uma reação ao Ministério da Agricultura.

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