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Governo cabo-verdiano prepara Orçamento para 2020 prevendo crescimento de 6%

A proposta de Orçamento do Estado para 2020 em preparação pelo Governo de Cabo Verde prevê um crescimento económico de até 6 por cento e um défice orçamental inferior a 3 por cento do Produto Interno Bruto (PIB), revelou hoje o vice-primeiro-ministro.

A informação foi transmitida por Olavo Correia, que é também ministro das Finanças de Cabo Verde, após reunião, na cidade da Praia, em sede de Conselho de Concertação Social, tendo na agenda a proposta do Orçamento do Estado para o próximo ano.

De acordo com o governante, o documento em preparação prevê ainda uma inflação abaixo dos 2 por cento em 2020 e a “redução da dívida pública em percentagem do PIB”.

O crescimento económico deverá rondar os 5 por cento a 6 por cento do PIB, face a 2019, acrescentou.

Anteriormente, Olavo Correia já tinha dito que no próximo ano estavam congelados aumentos salariais na função pública.

Embora sem concretizar, e numa altura em que o documento está a ser ultimado para ser levado a conselho de ministros, Olavo Correia garantiu que o documento prevê um “conjunto de medidas” para garantir “mais e melhor” saúde e educação, bem como um “grande investimento” na área da água para consumo humano, irrigação e saneamento.

“Medidas muito fortes para a promoção do setor privado nacional, um quadro fiscal mais incentivador”, afirmou o vice-primeiro-ministro.

Segundo dados das Contas Nacionais Trimestrais do Instituto Nacional de Estatística (INE) cabo-verdiano, divulgadas em 30 de setembro, a economia cabo-verdiana cresceu 6,2 por cento no segundo trimestre deste ano, superior ao registado no primeiro trimestre do ano, que foi então de 5,2 por cento, em ambos casos em termos homólogos.

Estes números traduzem-se num crescimento económico médio nos dois primeiros trimestres de 5,7 por cento, contra os 5 por cento registados no ano de 2018, segundo os dados do INE.

No final de julho, em entrevista à agência Lusa, o primeiro-ministro de Cabo Verde, Ulisses Correia e Silva, afirmou que a perspetiva mais realista do Governo para este ano aponta para um crescimento económico de cerca de 6 por cento do PIB.

Ainda assim longe da meta, assumida anteriormente, de 7 por cento ao ano.

“O crescimento de 7 por cento não é uma obsessão, é uma meta justificada porque precisamos de atingir esse valor de uma forma continuada para podermos duplicar, numa década, o rendimento ‘per capita’ dos cabo-verdianos”, disse Ulisses Correia e Silva.

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