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Governo aponta Angola e Mocambique como aliados do aumento da procura do português em África

A secretária de Estados dos Negócios Estrangeiros e da Cooperação, Teresa Ribeiro, afirmou hoje que a procura pela língua portuguesa em África tem aumentado, também graças ao peso crescente de Angola e Moçambique.

O Governo já tem memorandos de entendimento assinados com várias instituições de ensino superior africanas na África do Sul, Botswana, Namíbia, Tanzânia e Senegal e está a analisar a possibilidade de introduzir o português nas escolas do Quénia, onde foi criado, em 2017, o primeiro leitorado de língua e cultura portuguesas.

“Não nos esqueçamos que muitos desses países são vizinhos de grandes potentados económicos como Angola e Moçambique e isso basta para que haja um interesse na língua em que os negócios se fazem”, neste caso o português, salientou Teresa Ribeiro, apontando Angola e Moçambique como os “detonadores” do interesse pela LP.

A governante sublinhou que a língua portuguesa é “uma ferramenta” de comunicação e de negócios particularmente útil “na vida daqueles que têm uma relação com os países que falam português” e afirmou que “África é uma absoluta prioridade para Portugal”.

“Há 600 anos que fomos para África, há 600 anos que temos uma relação com aquele continente”, destacou, recordando o “larguíssimo património” que os portugueses deixaram no território e que continua a ser de grande relevância para Portugal.

Em junho, a secretária de Estado visitou o Quénia, país onde se encontram vários monumentos edificados por portugueses como o Forte Jesus, património mundial da UNESCO e “desbloqueou alguns instrumentos do relacionamento comum que se arrastavam há algum tempo”, perspetivando uma relação mais próxima no futuro.

“O Quénia é um país muito importante na economia do continente [africano] e cresce a mais de 5 por cento ao ano”, notou a governante.

Entre estes instrumentos encontram-se acordos para evitar a dupla tributação, facilitando os investimentos e atividades empresariais, protocolos na área das tecnologias de informação e “progressos na área da língua”, incluindo um memorando de entendimento com o ministério dos Negócios Estrangeiros para assegurar formação em língua portuguesa aos diplomatas quenianos “que estão num continente onde cada vez mais se fala português”, indicou Teresa Ribeiro.

“Estamos também a estudar a hipótese de introduzir progressivamente o português nos ‘currícula’ das escolas do Quénia”, acrescentou.

A embaixada de Portugal no Quénia encerrou temporariamente em 2011 e o atual governo tem vindo a apostar numa aproximação gradual com vista à futura reabertura. Para já, foi nomeada em maio uma encarregada de negócios, um posto diplomático que assume a chefia de uma missão diplomática na ausência de um embaixador.

Lusa

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