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Governo angolano quer recursos do petróleo a impulsionar diversificação económica

O ministro de Estado do Desenvolvimento Económico e Social angolano disse hoje, em Luanda, que os recursos provenientes do petróleo devem financiar a diversificação da economia nacional, para um novo ciclo de estabilidade menos dependente dos hidrocarbonetos.

Manuel Nunes Júnior, que fez hoje a abertura do Conselho Consultivo Alargado do Ministério dos Recursos Minerais e Petróleos, disse que entre 2013 e 2016 o setor petrolífero angolano registou taxas de crescimento negativas, à exceção de 2015, devido a problemas operacionais, tais como a manutenção das instalações e equipamentos, declínio natural dos campos em produção e atraso na entrada em produção de novos campos.

“Precisamos de reverter esta situação através da célere aplicação da legislação recentemente aprovada no domínio do petróleo e gás, do aumento das taxas de recuperação e do relançamento da exploração em geral”, disse Manuel Nunes Júnior.

De acordo com o ministro de Estado do Desenvolvimento Económico e Social, embora se verifique uma diminuição do peso do setor petrolífero na economia nacional, essa redução não se traduziu ainda numa alteração estrutural das exportações e das receitas do Estado, sobretudo das receitas em moeda externa.

“De tal modo que quando o preço do petróleo baixa significativamente no mercado internacional toda a nossa economia é afetada negativamente e de modo severo”, disse o governante, realçando que a solução é diversificar a economia nacional.

O governante angolano apontou ainda a necessidade de se acelerar a produção de gás natural não associado para fornecimento à LNG, fábrica de gás angolana.

Segundo Manuel Nunes Júnior, para o investimento na área mineira é necessário a produção de informação geológica, nesse sentido será reestruturado o Instituto Geológico de Angola, com especial ênfase para a capacitação dos seus recursos humanos e no mesmo sentido será implementada a nova metodologia de execução do Plano Nacional de Geologia.

Por sua vez, o ministro dos Recursos Naturais e Petróleos, Diamantino Pedro Azevedo, disse que desde que assumiu a pasta, em setembro, a atuação esteve virada para a realização de ações de caráter urgente e para a resolução da situação crítica que a indústria petrolífera vivia na altura, devido à baixa do preço do petróleo, bem como da insatisfação das empresas petrolíferas que operam em Angola face ao excesso de burocracia, incumprimento dos compromissos e obrigações financeiras, falta de investimentos em exploração para o aumento das reservas, entre outros.

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