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Governo angolano assume “excessiva consultoria externa” no setor da Justiça e investe na formação

O Governo angolano quer “diminuir a excessiva consultoria externa” e promove, a partir de hoje, uma ação formativa dirigida a 200 técnicos para “assegurar a operacionalização” dos serviços da Justiça e Direitos Humanos.

O ciclo de formação previsto para quatro meses, orçado em 90 milhões de kwanzas (224 mil euros) e subdividido em duas fases, é uma iniciativa do Ministério da Justiça e dos Direitos Humanos e será ministrado por técnicos do Ministério das Telecomunicações e Tecnologias de Informação (MTTI) angolano.

Temáticas sobre gestão dos sistemas informáticos aplicados ao setor da Justiça, reparação de computadores, conetividade de sistemas e redes constam da agenda deste ciclo de formação, cujas aulas vão decorrer no Instituto de Telecomunicações de Luanda (ITEL), órgão tutelado pelo MTTI.

Funcionários do Ministério da Justiça e dos Direitos Humanos das 18 províncias angolanas participam na ação de formação.

Segundo o diretor do gabinete de Estudos, Planeamento e Estatística do órgão ministerial vela pela Justiça e Direitos Humanos em Angola, Carlos Cavuquila, a iniciativa enquadra-se no Programa de Modernização dos Serviços de Registos e Notariados, dos Serviços de Identificação Civil e Criminal e da expansão do Centro de Resolução Extrajudicial de Litígios.

“O objetivo central é capacitar os técnicos do ministério em matéria de gestão dos sistemas informáticos aplicados ao setor da Justiça a formação está assegurada integralmente pelo Ministério da Justiça com custo médio de 450.000 kwanzas por formando”, disse hoje, na cerimónia de abertura do curso.

“Com essa ação esperamos formar cerca de 200 técnicos que vão assegurar a operacionalização dos serviços e garantir a gestão dos respetivos sistemas informáticos, de tal maneira que deixemos de depender das consultorias externas, que são sempre muito caras para o país”, acrescentou.

Por seu lado, o secretário de Estado para as Telecomunicações de Angola, Mário Oliveira, referiu que a formação de quadros é um dos pilares importantes para o desempenho das funções e a ação formativa reveste-se de capital importância.

De acordo com o governante, que espera por “empenho total dos formandos em prol da sua superação contínua”, a iniciativa visa igualmente “diminuir o excesso de consultores que veem ao nosso país e que deixam ficar pouca formação”.

A ação formativa foi ainda assinalada pelo diretor geral do ITEL, André Pedro, sublinhando que uma equipa de técnicos da instituição aferiu durante um mês as atuais infraestruturas tecnológicas que suportam os serviços da Justiça e dos Direitos Humanos em Angola.

Lusa

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Lusa
Etiquetas: ÁfricaAngola

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