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Governador de Nova Iorque estende confinamento até 15 de maio

O governador de Nova Iorque, Andrew Cuomo, anunciou hoje o prolongamento das medidas de contenção neste Estado dos EUA até dia 15 de maio, apesar de se ter registado hoje o número mais baixo de mortes em 10 dias.

O Estado de Nova Iorque registou 606 mortes nas últimas 24 horas, um número abaixo das 752 mortes em igual período na quarta-feira, e o mais leve registo diário desde 06 de abril, ainda assim, as autoridades consideram que as medidas de contenção terão de durar mais um mês.

“Precisamos de continuar o nosso esforço”, disse Andrew Cuomo, no seu ‘briefing’ diário à imprensa, para justificar o prolongamento das medidas de confinamento.

“Quero que a taxa de infeção desça mais. A política de contenção irá permanecer em vigor até dia 15 de maio”, explicou o governador, referindo-se ao Estado com uma população de quase 20 milhões de pessoas, que registou já mais de 210.000 casos de contaminação e mais de 11.500 mortes.

Contudo, são visíveis os sinais de estabilização da crise sanitária, com uma desaceleração das hospitalizações e das pessoas que precisam de cuidados intensivos, ao ponto de o governador, que tinha pedido milhares de ventiladores, no final de março, estar agora a devolvê-los para outros Estados onde eles são necessários.

As preocupações do governador viram-se já para a recuperação económica do Estado e, em particular da cidade de Nova Iorque, juntando a sua voz à do ‘mayor’, Bill Blasio, que já pediu ao Presidente norte-americano, Donald Trump, uma ajuda bilionária para ajudar à recuperação da capital económica dos Estados Unidos.

As autoridades da cidade de Nova Iorque estão igualmente preocupadas com o impacto social da crise sanitária e, depois de ter usado hotéis para servirem de hospitais temporários, planeia agora usar os quartos desses estabelecimentos hoteleiros como locais de quarentena para pessoas que vivem em apartamentos sobrelotados e para pessoas sem-abrigo.

O ‘mayor’ Bill de Blasio diz que há população vulnerável economicamente, com problemas de habitação, que está a contribuir para um aumento das taxas de infeção.

“Se houver uma ameaça de alguém infetado em casas sobrelotadas o risco de contaminação aos outros membros da família é muito elevado”, explicou Blasio, para justificar a requisição de quartos de hotéis para abrigar membros dessas famílias.

Blasio disse ainda que o seu município vai trabalhar com centros comunitários para identificar as pessoas que necessitem destes serviços, anunciando que as mudanças de residências começarão a partir de 22 de abril.

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