Governa ‘nacionaliza’ Túnel do Marão e deve concluir obra em 2016

Segundo o JN, o Governo chamou a si a concessão da obra do Túnel do Marão, parte da nova autoestrada de Trás-os-Montes. Segue-se uma nova candidatura do projeto ao QREN, o que demorará cerca de um ano. O final dos trabalhos, paralisados desde 2011, está previsto para 2016.

Era uma das bandeiras de José Sócrates: a primeira autoestrada de Trás-os-Montes. Mas ficou sem luz ao fundo do túnel, precisamente por culpa de um embargo da obra, já com as máquinas no terreno.

O Túnel do Marão, cuja construção foi paralisada em 2011, entrou num processo burocrático que ameaçava a empreitada. Mas, segundo o Jornal de Notícias, na sua edição de hoje, o Governo já tomou a decisão de resgatar a concessão da obra.

Os trabalhos entram agora numa nova fase: uma candidatura do novo projeto ao Quadro de Referência Estratégico Nacional, para tentar obter os 200 milhões de euros que restam para concluir a obra.

Aquele diário cita fonte do Governo que refere que estão a ser ultimados pormenores para que o Túnel do Marão deixe a concessionária e passe para as mãos do Governo, numa posse administrativa que representa uma espécie de nacionalização da obra.

Será necessário para ver aprovado o projeto no QREN e mais dois anos para terminar os trabalhos. Estima-se que em 2016 se reacenda a luz ao fundo do túnel.

Recorde-se que esta é a terceira vez que os trabalhos são suspensos no Túnel do Marão – o maior túnel rodoviário da Península Ibérica.

Já foram apresentadas duas providências cautelares da empresa Águas do Marão, que travaram a força das máquinas na escavação do túnel. Entretanto, surgiu um problema de corte de financiamento, levado a cabo pelo sindicato bancário que está a financiar a obra. Este desacordo entre o Estado e a concessionária vem apertar outro nó.

Alheios a bloqueios, os trabalhos de alargamento do IP4 decorrem, já com alguns troços concluídos. A obra lançada pelo executivo de José Sócrates, que quis dotar Trás-os-Montes da primeira autoestrada, aguarda que o executivo de Passos Coelho desaperte um nó e acenda uma luz ao fundo do túnel.