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“Gosto de provocar. As pessoas acatam tudo, são submissas”

Manuela Moura Guedes admitiu o desencanto com a “submissão” da sociedade, que se “conforma” e resiste a “provocar”.

Em conversa com Manuel Luís Goucha, na TVI, a comunicadora, que gosta “de provocar”, confessou ter dificuldades em entender a resignação com que a grande maioria das pessoas vive no dia a dia.

“São águas muito mansas, as pessoas estão demasiado conformadas. É necessário que as pessoas agitem as coisas, que protestem, que digam que as coisas estão mal, não se conformem”, defendeu.

“As pessoas acatam tudo”, lamentou: “É engraçado como as pessoas são tão subservientes e acatam tudo, são submissas e gostam de ser tuteladas”.

A crítica tornou-se mais veemente quando Manuela Moura Guedes apontou o dedo às gerações mais jovens, “exploradas” ao nível laboral.

“Como é que é possível que vocês, que são novos, aceitem ir para escritórios de advogados, fazerem estágios durante que tempos a preços invisíveis, ou até sem serem pagos, sabendo que depois são mandados embora? Porque é que não dizem que não?”, afirmou.

A jornalista lamentou que estes casos não sejam denunciados, permitindo que a situação se arraste. “Ainda por cima com redes sociais, que não existia antes? Vocês têm instrumentos que não havia”, insistiu.

Foi um desabafo do “lado revolucionário” de Manuela Moura Guedes, um lado que “as novas gerações não têm” e que já vem desde os tempos da juventude, quando esteve para ser freira e o evitou com o primeiro casamento, contra a oposição dos pais.

“Eu quebrei regras… Eu sou anti-regras. Não gosto de regras, gosto de as quebrar”, acrescentou a jornalista, revelando que optou por dar “poucas” regras aos filhos.

“O que têm de bom as crianças é aquela coisa de não terem filtro, de verem tudo inocentemente. Não há filtros sociais, dizem o que lhes apetece. Eu não digo tudo. Às vezes, digo [o suficiente] para provocar”, finalizou.

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