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“Gostava de ver esforço igual sobre derivas de extrema-esquerda nacionalista e tribal”

Nuno Melo, eurodeputado eleito pelo CDS, reagiu às críticas por causa do acordo com o Chega, nos Açores, com um ataque à “extrema-esquerda nacionalista e tribal”.

O comentário do antigo dirigente do CDS surgiu depois de várias personalidades terem assinado uma declaração contra a “deriva nacionalista, identitária, tribal” que tem surgido em várias democracias ocidentais.

Sem se referir ao Chega, que chegou a acordo com o PSD para viabilizar um Governo Regional de direita nos Açores (no qual está o CDS), o abaixo-assinado surgiu ‘em resposta’ às justificações de Rui Rio (o presidente do PSD) sobre esse acordo.

Hoje, Nuno Melo saiu em defesa da direita, questionando porque não houve a mesma contestação quando o PS criou a geringonça com PCP e Bloco de Esquerda.

Os dois partidos foram associados pelo eurodeputado centrista a outros, como o espanhol Podemos, o grego Syriza, e o alemão Die Linke, como sendo de “extrema-esquerda também nacionalista e tribal”.

“Para lá dos fenómenos à direita incompatíveis com explicações simplistas, por tanta coisa que lhes dá causa, gostava de ver  esforço igual sobre derivas de extrema-esquerda também nacionalista e tribal, que minam democracias”, comentou Nuno Melo, no Twitter.

Ontem, o eurodeputado do CDS já tinha recuperado uma declaração do histórico comunista Álvaro Cunhal durante o Processo Revolucionário Em Curso (PREC), em 1975.

“Prometo-lhe que em Portugal não haverá qualquer Parlamento”, afirmou então o histórico líder do PCP, em relação ao bloco central de PS (40 por cento) e PPD/PSD (27 por cento).

“Um bocadinho de memória (curta em Portugal) sobre linhas vermelhas”, ironizou Nuno Melo, depois de António Costa (secretário-geral do PS) ter acusado Rui Rio de cruzar a “linha vermelha” ao chegar a acordo com o Chega.

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