Categorias: Tecnologia

Google debaixo de fogo por causa das novas políticas de privacidade

A gigante da Internet recusou pedidos de organismos reguladores e implementou esta quinta-feira novas políticas de privacidade, as mesmas que estão a ser alvo de críticas um pouco por todo o mundo. Autoridades francesas já têm inclusive uma investigação em curso.

A Google está esta semana debaixo de fogo devido às novas políticas de privacidade dos milhões de utilizadores que foram ativadas hoje. Basicamente, o que a proprietária do maior motor de busca do mundo faz, com estas mudanças, é reunir as informações dos utilizadores de todos os serviços, ou seja, basta o utilizador aderir por exemplo ao Gmail, para os dados se tornarem públicos para terceiros na rede social Google+.

Segundo as autoridades, em primeiro lugar as novas normas europeias obrigam qualquer site deste tipo de questionar o utilizador sobre a sua vontade. Desta forma, o visitante pode escolher se pretende ou não tornar os seus dados públicos. Os mesmos que são vendidos a terceiros para fins publicitários, a principal fonte de receita da Google.

Viviane Reding fala mesmo em falta de transparência: “Os princípios de transparência das novas regras comunitárias não foram aplicados” afirma a comissário europeia para a Justiça.

A Google justifica as mudanças como uma simplificação de processos. Desta forma, diz que os serviços passam a ter políticas de privacidade únicas tornando assim a navegação mais fácil para os utilizadores, mas tal justificação não parece convencer ninguém.

Autoridades reguladoras francesas já iniciaram uma investigação minuciosa às novas políticas, que entraram em curso hoje, 1 de março.

Recorde-se que, no decorrer desta semana, a Google ignorou dois pedidos das entidades reguladoras europeias, que chegaram mesmo a solicitar um adiamento da entrada em vigor das novas políticas.

Qual o real objetivo da Google?

Um conhecimento mais aprofundado sobre os serviços da Google faz rapidamente qualquer um perceber qual o real objetivo destas mudanças tão polémicas. Toda a máquina da gigante do maior motor de busca funciona a publicidade, ou seja, as empresas pagam para mostrar anúncios nos mais variados serviços da companhia norte-americana, como as pesquisas, o Gmail ou o Youtube. Com isso, imagine que o utilizar X visualiza um vídeo sobre futebol no Youtube, por exemplo. Esses dados, anteriormente eram guardados apenas no serviço do Youtube, neste caso. Dessa forma, a plataforma sabia que esse mesmo utilizador tinha gostos por desporto, neste caso futebol, e iria futuramente mostrar anúncios dentro desse contexto. As diferenças para estas alterações são que esses dados vão ser agora partilhados por todos os serviços. Com isto, a Google fica na sua posse com dados sobre os gostos e preferências dos utilizadores de uma forma generalizada. Pegando novamente no exemplo do utilizador X e do vídeo de futebol, e por outras palavras, a Google sabe que esse utilizador gosta de desporto, esteja ele nas pesquisas, no Gmail, no Youtube ou em outro qualquer serviço.

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