Economia

Goldman Sachs vaticina segundo resgate: Portugal, o irmão gémeo da Grécia

goldman sachsgoldman sachs 600De acordo com economistas daquele banco, Portugal não será capaz de regressar aos mercados, em 2014, e precisa de um segundo resgate, na ordem dos 30 mil milhões. O Goldman Sachs vê o futuro de Portugal no presente da Grécia. O Goldman Sachs faz um alerta aos investidores em dívida portuguesa.

Enquanto Portugal discute um programa cautelar e a saída da troika, prevista para julho do próximo ano, o banco norte-americano Goldman Sachs prevê um segundo resgate, apresentando um número.

Para aquela instituição, o regresso de Portugal aos mercados é uma miragem e a economia portuguesa precisará de um segundo resgate, para evitar o colapso financeiro.

Em solo luso, a expressão “segundo resgate” é quase tabu, para não criar tormenta nos mercados, mas a verdade é que há fortes dúvidas quanto à capacidade de Portugal retomar a autonomia financeira sem a ajuda da troika.

E os economistas do Goldman Sachs não acreditam que um programa cautelar seja suficiente e só encontram uma solução, perante os dados que recolheram e as perspetivas que adivinham.

Em 2014, Portugal não regressa aos mercados, dita o banco norte-americano. E a solução passa por um plano idêntico ao da Grécia: um novo resgate.

O Estado português necessitará, segundo estimativas daquele banco, de um financiamento de 30 mil milhões de euros, para fazer frente às amortizações de dívida, de médio e longo prazo e em bilhetes de Tesouro.

Mas o Goldman Sachs vai mais longe e faz um alerta aos investidores em dívida portuguesa, que correm riscos, a curso prazo.

Por seu turno, o Estado português terá de renegociar as maturidades dos empréstimos, o que pode significar novas medidas de austeridade. Ao mesmo tempo, dívida deve ser reestruturada.

Os indicadores positivos que surgem na economia portuguesa não são suficientes para convencer os economistas do Goldman Sachs, que alertam para o elevado desemprego e que o país enfrenta grandes entraves ao crescimento económico.

E outro dado que não passa ao lado daqueles analistas é a possibilidade de o Tribunal Constitucional chumbar algumas normas do Orçamento de Estado, que impliquem uma perda de receita prevista pelo Governo.

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