O disparo do militar da Guarda Nacional Republicana (GNR) ontem, depois de uma perseguição em Gondomar, terá sido acidental. O agente quis imobilizar a viatura, mas falhou o alvo, atingindo mortalmente a vítima que seguia no banco traseiro da viatura, de acordo com o Correio da Manhã. O jovem, que acabara de ser libertado após cumprir oito meses de prisão, morreu no local.
A fuga à GNR em Gondomar, na manhã de ontem deveu-se ao facto de o condutor do veículo – detetado em S. Pedro da Cova – não ter carta de condução. Os militares já tinham identificado os jovens, no passado sábado, depois de uma outra perseguição.
Ontem, os caminhos dos autores da fuga e dos militares da GNR voltaram a cruzar-se, em Gondomar, sendo que, desta vez, a história teve um final dramático, com a morte de um dos ocupantes da viatura.
De acordo com o Correio da Manhã, o jovem atingido seguia no banco traseiro. Trata-se de um rapaz de 20 anos que terá deixado o estabelecimento prisional de Custóias, a de julho. Ao volante seguia um condutor sem carta, de 23 anos, e a ausência desse documento terá sido a justificação para a fuga.
As autoridades tinham detetado o veículo no sábado e deram início a uma perseguição, depois de o condutor do veículo, segundo aquele periódico, ter tentado atropelar agentes da GNR.
A perseguição de ontem terminou em tragédia, com um tiro falhado que provocou uma vítima mortal. O militar (que seguia numa viatura em sentido contrário) terá tentado imobilizar o veículo, disparando para os pneus, na Rua do Valado. No entanto, o carro patrulha daquela força de segurança terá sido obrigado a uma manobra repentina, que levou a que o tiro tivesse outra direção.
A bala trespassou o vidro, sendo que o jovem foi atingido no peito. Os militares da GNR, já com o veículo imobilizado, chamaram os serviços do INEM, sendo que a vítima dos tiros não resistiu aos ferimentos e morreu no local. As tentativas de reanimação não obtiveram sucesso.
O condutor do carro foi detido pela GNR e presente a juiz, para interrogatório. Responde por atropelamento e fuga. Já o jovem que seguia ao lado do condutor, de 17 anos, viria a ser libertado.
A perseguição durou cerca de 30 minutos. Os militares tentaram travar o carro de diversas formas, com tiros de aviso, mas não conseguiram. Durante a fuga, um militar quase foi atropelado. A vítima mortal tinha cumprido uma pena de oito meses na cadeia de Custóias e acabara de ser libertado.