Dados da Guarda Nacional Republicana (GNR) indicam que houve nove ocorrências de furto de cobre, nas últimas 24 horas, uma das quais na Sertã, com 4000 metros roubados, pertencentes à Portugal Telecom. No total, neste curto período, ‘voaram’ mais de 5000 metros. O roubo deste material registou um forte crescimento e a EDP prevê um aumento da despesa, que em três anos e meio se cifrou nos 24,4 milhões de euros.
A valorização das matérias-primas e a facilidade do furto levaram a uma procura do cobre, que tem crescido de forma assinalável, nos últimos tempos. Só nas últimas 24 horas, a GNR registou nove ocorrências, sendo que a mais grave se verificou na Sertã (Castelo Branco), onde há registo de 4000 metros de cobre roubado, num desses nove casos.
Os cabos pertenciam à rede elétrica do concelho. Mas há outras regiões do país afetadas por este fenómeno. Em Marinhais (Salvaterra de Magos), houve quatro furtos registados por aquelas forças de segurança, num total de 500 metros de cobre que serviam as redes de comunicação e que foram roubados.
Outros 200 metros foram furtados em Rio Maior, mais 350 em Samora Correia (Benavente) e ainda 35 metros na Lousã (Coimbra), de um poste da EDP, que é a maior prejudicada pelos casos que se verificam e que deverão aumentar, em virtude do cenário económico que se verifica. Em Santa Maria da Feira, 200 quilos foram retirados do local pelos larápios.
No total, estas nove ocorrências representam mais de 5000 metros perdidos. A EDP, umas das prejudicadas pelos furtos, prevê que nos próximos anos se acentue este roubo de cobre e aponta os números do prejuízo: 24,4 milhões de euros em três anos e meio. Mas não são apenas os prejuízos das empresas que estão em causa.
O roubo desta matéria-prima já deixou diversas localidades sem telefone, Internet e até água, no caso de locais que necessitam de eletricidade para fazer funcionar bombas. Há dias, no Sabugal, os ladrões retiraram o cobre de 20 postes e provocaram graves problemas à população.
