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GNR no “limite” e sem dinheiro para pagar IRS e Segurança Social

Comandante-geral da GNR, Luís Newton, revela que a Guarda Nacional Republicana está de mãos atadas, sem dinheiro para liquidar dívidas relativas a IRS e Segurança Social. Os salários não estão em risco, mas “há atrasos na liquidez” que, em caso de agravamento, poderão chegar ao campo operacional.

A GNR está no limite do orçamento e não poderá fazer mais cortes, sob pena de ter de encurtar a vertente operacional. O comandante-geral da GNR denuncia atrasos de liquidez, que já se fazem sentir, com incapacidade para pagar a Segurança Social e o IRS.

“Verificam-se atrasos de liquidez, de cerca de um a dois meses, o que significa que há verbas que ainda não foram liquidadas, como, por exemplo, a Segurança Social e o IRS. Assim que nos atribuírem essas verbas, liquidaremos os montantes em falta”, adiantou Luís Newton.

Os salários ainda “não estão em risco”, segundo Luís Newton, nem a componente operacional. Mas o comandante-geral da GNR admite a hipótese de ter de encurtar as operações no terreno, devido às dificuldades de tesouraria.

“Atingimos os limites orçamentais. Se formos obrigados a encurtar o orçamento, seremos obrigados a cortar na componente operacional. No entanto, os ordenados dos profissionais nunca estiveram em risco”, justificou.

O comandante-geral da GNR prestava declarações aos jornalistas, à margem da celebração do centenário da Guarda Nacional Republicana, que decorreu no Mosteiro dos Jerónimos, em Lisboa. A cerimónia, presidida por Cavaco Silva, também foi reveladora da contenção de custos.

Antes de falar à imprensa, no seu discurso, o tenente-general Luís Newton propôs “imaginação e criatividade”, com a finalidade de “rentabilizar os meios de que a Guarda Nacional Republicana dispõe”, compreendendo que a GNR “não é imune” aos cortes orçamentais impostos pela crise.

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