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GNR deteta 100 sucatas a participar na recetação de cobre roubado

gnrA Guarda Nacional Republicana (GNR) denuncia a participação de cerca de 100 sucatas no negócio do roubo de cobre, através da receção desses metais furtados. Estes números surgem numa altura em que disparou a quantidade de ocorrências de roubos de cobre.

Num comunicado enviado à agência Lusa, a GNR aponta cerca de 369 sucatas ilegais, sendo que cerca de cem estão a participar na compra de cobre roubado. O levantamento foi feito pelo Serviço de Protecção da Natureza da GNR e detetou ainda 134 sucatas que, não estando na lista das que operam de forma ilegal, têm atividade ainda não esclarecida.

Estes dados fornecidos pelas autoridades surgem numa altura em que se verificou um aumento exponencial de ocorrências de roubos de cobre, em todo o país. A GNR encontrou apenas 141 sucatas legais, de um universo total de 644 (as restantes 503 ou não cumprem a legislação, ou têm atividade sob análise.

As cerca de cem sucatas estão “indiciadas como locais de receptação de metais furtados”, informa aquela força policial, que assume “dificuldades” para “identificar os canais e circuitos de escoamento dos metais furtados”, na mesma nota enviada à Lusa.

Outro fator que não ajuda as autoridades é a fácil destruição do cobre roubado, através do corte ou da fundição, o que leva a que as provas do crime sejam facilmente descaraterizadas por parte dos responsáveis por este tipo de crimes.

Roubo de cobre: Aumento brutal em 2011

De janeiro a agosto de 2011, foram contabilizadas pela GNR 5931 ocorrências de furtos de cobre, que provocaram uma despesa de 19,3 milhões de euros, em diversas entidades, desde a EDP à PT, entre outras. Em média, cada roubo verificado em 2011 permitiu um lucro aos meliantes que ronda os 3250 euros.

Assinale-se que em todo o ano de 2010 a GNR contou apenas 3726 roubos desta matéria-prima. A valorização do cobre associada às dificuldades económicas justificam este crescimento de ocorrências.

Ao ritmo de roubos verificados até agosto, pode concluir-se que até dezembro aquela força de segurança terá cerca de 8890 ocorrências, o que contrasta ainda mais com as 2205 contabilizadas no ano de 2010, representando um crescimento de 400 por cento.

Analisando os dados da GNR no que diz respeito aos prejuízos causados pelo furto do cobre, pode concluir-se que cada roubo de cobre tem agora proporções muito superiores. Esses prejuízos atingem os 19,3 milhões de euros, muito mais do que os 8,2 milhões do ano de 2010. A média mensal de 2010 apontava um prejuízo de 600 mil euros. Em 2011, essa média atinge os 2,4 milhões de euros.

Há poucos dias, em apenas 24 horas, a GNR registou nove ocorrências de roubo de cobre, sendo que voaram mais de 5000 metros de cobre, pertencentes sobretudo à Portugal Telecom. O destino deste material são sucatas ou fundições, a quem as autoridades estão a apertar o cerco.

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