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Genética evita cancro e bebé nasce saudável

Casal espanhol recorre à procriação assistida para evitar altas probabilidades de uma doença grave no seu futuro filho: cancro. O histórico familiar indicava que o bebé teria 80 por cento de probabilidades de desenvolver a doença, mas a genética ‘curou-a’ muito antes de a mesma surgir. Hospital de Barcelona tem outro caso idêntico, para eliminar hipóteses de um tumor no cólon no futuro filho de uma família.

Já se sabia que a genética poderia prevenir casos específicos de cancro. E havia até exemplos práticos, como o de uma menina inglesa, que nasceu no passado mês de janeiro, livre de um gene cancerígena. Mas acaba de ser conhecido um novo caso, agora em Espanha.

Uma família espanhola fez um pedido de autorização para permitir que fossem fecundados óvulos, e após um diagnóstico genético, foram afastados os genes responsáveis pelo desenvolvimento de cancro da mama e pâncreas num bebé com altas probabilidades de desenvolver a doença.

Deste modo, os médicos selecionaram os embriões fertilizados e anularam possíveis alterações genéticas que são responsáveis pelo desenvolvimento de cancro. O resultado é uma família feliz, com um bebé saudável, um bebé que provavelmente iria padecer deste tipo de cancro.

No entanto, realçam os investigadores, este bebé não está livre de vir a sofrer outros tipos de cancro, porque a mutação incidiu apenas na tentativa de evitar aquele cujas probabilidades eram altas. Mesmo assim, é certo que a medicina genética deu mais um passo em frente.

O hospital de Barcelona tem outros casos semelhantes em mãos. Um bebé com possibilidades de contrair tumor no cólon poderá ser curado muito antes de nascer. O próximo passo da Comissão Nacional de Reprodução Assistida é facilitar o processo de mutação genética, para que não sejam necessárias autorizações prévias em casos de doenças hereditárias. 

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