“Cortes” é expressão que não consta do Orçamento de Estado, na rubrica para despesas do Governo com pessoal, bens e serviços. No próximo ano, a fatura aumenta para 36,7 milhões de euros, o que representa mais 10 por cento do que em 2013.
De acordo com um trabalho do Diário de Notícias, o Governo vai gastar mais 10 por cento nas despesas com salários, serviços, deslocações e outros bens. O executivo dedicou 36,7 milhões de euros de despesa para estas rubricas, no próximo ano.
Aquela verba divide-se em salários de ministros, secretários de Estado e restantes membros dos gabinetes, entre os quais assessores, técnicos e motoristas, bem como compra de bens e contratação de serviços. No total, 12,9 milhões.
Divide-se ainda com as deslocações oficiais dos membros do Governo, que custarão ao Estado, no próximo ano, 2,8 milhões de euros. Há ainda a limpeza e as telecomunicações, que custarão quase 1,5 milhões.
Apenas nos gastos em materiais de escritório, pareceres, estudos e consultadoria há alguma preocupação de poupança, com menos seis por cento orçamentados para estas rubricas, em comparação com 2013.
A Presidência do Conselho de Ministros – onde se integram os gabinetes do primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, e do vice-primeiro-ministro, Paulo Portas – terá um orçamento de 9,4 milhões de euros.
A equipa das Finanças, liderada pela ministra Maria Luís Albuquerque, disporá de 3,5 milhões, mais cem mil euros do que o Ministério da Economia, de Pires de Lima. Os ministérios mais poupados são os da Justiça (1,6 milhões) e o da Solidariedade, Emprego e Segurança Social (1,8 milhões).
A promessa do primeiro-ministro, em 2011, que afirmou que pretendia uma equipa governamental mais curta e menos onerosa para o erário público, não só fica por cumprir, como se agrava a despesa do Governo.