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Gasóleo: Deco pede à ASAE que compare gasolinas e exige autoridade que fiscalize e puna

combustiveisDepois de descobrir que a única diferença entre gasóleo ‘low cost’ e aditivado é o preço, a Deco pretende que a ASAE faça igual pesquisa na gasolina, numa altura em que se prevê uma subida do preço do gasóleo, na próxima semana. A associação de defesa do consumidor já escreveu àquela autoridade para que avance. Amanhã, é lançado um abaixo-assinado para pressionar o governo a criar uma entidade que regule o setor dos combustíveis.

A Deco exige ao Governo que tome medidas, no sentido de “criar entidades certificadas e isentas”, capazes de comprovar em testes laboratoriais todas as alegações técnicas” feitas sobre os potenciais benefícios do uso de gasóleo ou gasolina com aditivos.

A associação de defesa do consumidor não encontrou quaisquer benefícios no gasóleo com aditivos, em comparação com os combustíveis de baixo custo, ou ‘low-cost’, quer no que diz respeito à potência, consumo e emissões poluentes.

O secretário-geral da Deco considera que este setor cobra aos consumidores “demais”, por um produto que não corresponde à realidade. “O escrutínio não tem sido suficiente. O que temos visto é a explicação de comportamentos e não a investigação de comportamentos”, salienta.

Assim, a Deco quer também alterações legislativas, que passem pela criação de uma nova autoridade, com o poder de punir e aplicar multas. Por razões económicas, a Deco apenas fez este estudo no gasóleo, mas escreveu à ASAE, pedindo que se faça o mesmo estudo em gasolinas e se tomem medidas em conformidade com as conclusões.

Amanhã, a Deco vai lançar um abaixo-assinado, no sentido de que todas as alegações sobre os combustíveis à venda em Portugal “passem a ser comprovadas”.

Recorde-se que a Deco comparou os desempenhos de gasóleo à venda em supermercados, com o dito aditivado, da Galp. O desempenho dos automóveis foi semelhante, sendo que a diferença reside apenas na fatura a pagar pelo gasóleo.

“A diferença de preço entre o gasóleo” de diferentes marcas, acusa a Deco, “resulta de uma ação enganosa e estamos perante uma prática comercial desleal”. Analisando as ofertas dos “líderes de mercado”, o resultado é “igual ao litro”.

“As alegações promocionais feitas pela Galp não encontram sustentação prática, o que nos convence da não existência de reais vantagens nos aditivos incorporados nos combustíveis desta empresa. Os mesmos servem de justificação para o seu preço mais elevado por comparação com os denominados combustíveis low cost (igual princípio se aplica aos dois “tipos” de gasóleo disponibilizados por esta empresa)”, refere a Deco, nas conclusões do estudo.

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