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Gás natural: Saiba quanto vai pagar a mais com os aumentos e como funcionará o mercado

gasUm de julho marca o aumento dos preços do gás natural, quer para famílias como para empresas, de acordo com a tabela definida pela Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos. A eletricidade também sobe a partir deste domingo, mas apenas para as empresas. As famílias só serão fustigadas a partir de janeiro do próximo ano.

Os acordos estabelecidos pelo Estado com a troika determinam, o Governo cumpre: as tabelas de gás natural são atualizadas a partir de hoje, com as faturas a aumentarem. A Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos (ERSE) prevê desde já um aumento de 6,9 por cento na conta do gás, para os particulares, e de 7,4 por cento para as empresas.

Estes aumentos do gás natural e da eletricidade resultam da liberalização dos mercados, determinada pela troika. O Fundo Monetário Internacional, Comissão Europeia e Banco Central Europeu pretendem um mercado livre, permitindo ao consumidor escolher que fornecedor prefere, mas a verdade é que os consumidores começam por pagar mais do que no regime anterior ao programa de apoio a Portugal.

O dia 1 de julho traz assim uma tarifa regulada 6,9 por cento mais cara para as famílias, com novo preço que vai vigorar até ao final do ano. A partir dessa altura, a ERSE vai determinar um novo valor a pagar, num quadro de mercado liberalizado. As novas tarifas, em 2013, serão revistas trimestralmente.

O aumento de 6,9 por cento aplica-se apenas aos consumidores com gasto anual de 500 metros cúbicos de gás. Ou seja, a maioria. Estima a ERSE que estes aumentos representem, em média, mais 84 cêntimos em agregados familiares de duas pessoas, ou de 1,58 euros em famílias formadas por quatro elementos.

Atualmente, há duas empresas de fornecimento de serviços de gás e de eletricidade: EDP e Galp. Até ao final do ano de 2015, os consumidores terão de optar por uma das empresas que ofereçam estes serviços, já num sistema liberalizado.

No caso das empresas, o aumento das faturas será superior, quer em termos de percentagem – 7,4 por cento – quer, sobretudo, em termos de valor dos aumentos. As faturas das empresas são, por regra, muito superiores às das famílias (com exceção a algumas micro empresas), sendo que estes aumentos nas faturas se sentirão mais no tecido empresarial.

Os aumentos recaem sobre consumos superiores a 500 metros cúbicos mensais. Durante o próximo ano e até ao dia 31 de dezembro, a ERSE vai proceder a uma revisão com a mesma periodicidade: de três em três meses.

No que diz respeito aos aumentos da fatura de eletricidade, recaem para já apenas sobre as empresa, que pagarão mais dois por cento. Os consumidores domésticos escapam a novos aumentos, mas no dia 31 de dezembro será feito um ajuste dos valores, sendo que a partir de então vão entrar em vigor os novos preços. A revisão das tabelas também será trimestral, relativamente à eletricidade.

Com o mercado livre, resta aguardar pelas propostas dos operadores de mercado, não só a EDP e a Galp. E esperar pelas campanhas que permitam preços mais baixos e tarifas mais adequadas a cada consumidor.

Perante uma alteração profunda do mercado regulado no gás e na eletricidade, as operadoras estão já a tentar cativar os clientes para o mercado livre, como é o caso da EDP, Galp e Endesa, além de pequenos comercializadores. A espanhola Endesa já tem propostas de desconto de cinco por cento na eletricidade.

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