O advogado Garcia Pereira e cabeça-de-lista por Lisboa do PCTP/MRPP considerou a detenção de José Sócrates como ‘injustificada’, acusando a justiça de estar ao ‘serviço da extrema-direita’.

Num comentário aos desenvolvimentos sobre o caso Sócrates, citado pelo Sol, Garcia Pereira associado a forma como a detenção de Sócrates foi levada a cabo por uma ligação entre a justiça e a extrema-direita.

Apesar de não ser um defensor de José Sócrates e, ter mesmo afirmado que um dos piores primeiros-ministros de Portugal, o advogado critica as circunstancia em que o ex-primeiro-ministro foi detido e a constante violação do segredo de justiça.

“José Sócrates foi um dos piores primeiros-ministros de Portugal e um dos responsáveis pela situação financeira e económica do país, mas a sua prisão preventiva, as circunstâncias em que foi feita e a chamada a imprensa para a filmar, a contínua violação do segredo de justiça e a tentativa de imposição de uma medida de coação como a tornozeleira (pulseira eletrónica), representa que temos uma justiça criminal completamente ao serviço da extrema-direita”, afirmou o advogado.

Garcia Pereira justifica a sua posição revelando outros casos de políticos a contas com a justiça que não tiveram o mesmo tratamento, apontando o caso dos submarinos, dos Pandur e dos Blindados.

“Essa prisão é totalmente injustificada. É um tema tabu, visto que não se explica porque, depois de se tentar impor a tornozeleira e da justa recusa em a colocar (por parte do arguido), se acaba por determinar a libertação”, sublinhando que a Justiça “arquiva ou absolve em casos como o Portucale, dos submarinos e contrapartidas, viaturas (blindadas) Pandur, da dívida pública da Madeira e quando se trata de arguidos da esquerda, mesmo que da esquerda formal, atua da forma que atua”.