O selecionador do Gana, James Appiah, acredita que a sua equipa vai estar “motivada”. Na conferência de Imprensa em Brasília, o técnico defendeu que o pagamento dos prémios em atraso servirá de incentivo. Atsu, jogador ganês, assumiu que o boicote “já passou”. “Mesmo que o dinheiro não chegue, vamos esquecer tudo e entrar em campo”, disse o jogador que já representou o FC Porto.

James Appiah fez a antevisão do Gana-Portugal, em Brasília, numa conferência de imprensa naturalmente marcada pela ameaça de boicote feita pelos jogadores, revoltados com a falha da federação ganesa, que ainda não pagou os prémios relativos à qualificação para o Mundial do Brasil.

O selecionador ganês – que disse que “ha dois dias” que não dorme – assumiu que a sua equipa estará “motivada” com o pagamento dos prémios.

“Receber o dinheiro vai motivá-los. A questão deveria ser resolvida antes do Mundial… Não posso continuar a repetir-lhes todos os dias que o dinheiro vai chegar. Peço-lhes apenas para esquecerem a parte financeira. Mas é difícil. Agora o presidente de Gana interveio na questão e tudo vai ser resolvido”, disse James Appiah.

Presente na mesma conferência de imprensa esteve o ex-portista Atsu, internacional ganês, que assumiu que o boicote esteve planeado. No entanto, o ex-portista também disse que mesmo que o dinheiro não seja entregue, os jogadores irão a jogo contra Portugal

“Mesmo que o dinheiro não chegue, vamos esquecer tudo e entrar em campo. Não vamos deixar de jogar se o dinheiro não chegar. O que aconteceu foi uma decisão que tomámos. Amamos a nossa nação e queremos defendê-la em campo”, afirmou o avançado.

Gana e Portugal entram em campo amanhã, mas não dependem de si para traçar o seu futuro. Caso Estados Unidos e Alemanha empatem, na outra partida do grupo G, estas duas seleções qualificam-se.