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Gaia teme pelo fim de valências e despromoção do hospital

hospital_gaiaGaia tem um hospital que é suposto responder a mais população do que as duas unidades similares do Porto, mas receia a despromoção e a perda de valências. Os utentes estão apreensivos e apelam à intervenção de Filipe Menezes.

O ministro da Saúde, Paulo Macedo, rejeitou a hipótese de fechar alguma das grandes urgências no distrito do Porto, no âmbito do processo de reorganização dos hospitais. Contudo, os utentes de Gaia não ficaram mais tranquilos: continuam a recear que o hospital da margem sul do Douro perca valências ou que seja despromovido.

“Não há qualquer plano de fecho de qualquer grande urgência no Grande Porto. Há, sim, estudos que falam da reorganização de urgências. Agora, fecho é completamente falso”, assegurou Paulo Macedo. Declarações, ainda assim, insuficientes para tranquilizar os utentes de Gaia, que estão a organizar-se no Movimento de Utentes dos Serviços de Saúde (MUSS).

“O Ministério da Saúde quer reduzir as grandes urgências, reduzindo para duas no Grande Porto, despromovendo o Hospital de Gaia que é também o hospital de referência do concelho de Espinho e da freguesia da Lomba, em Gondomar”, criticou Castro Henriques, porta-voz do MUSS, numa conferência de imprensa realizada à porta da unidade gaiense.

O principal argumento do MUSS é que “a população da área de referência direta deste hospital é maior que a dos outros dois hospitais, o mesmo se aplicando aos episódios de urgência”, comparando a unidade de Gaia com as duas portuenses: “tem valências que o Hospital de Santo António não tem. Como pretendem que acabe Gaia e passe a ser o Santo António, onde nem acessos condignos existem? Em caso de enfarte, os utentes têm de ir para o S. João, uma vez que no Santo António não há a assistência necessária. Gaia tem os meios e os profissionais para uma resposta atempada”.

Admitindo que o Ministério “ainda anda a apalpar terreno”, sem saber “muito bem quais são” as valências a fechar, Castro Henriques apelou a uma intervenção pessoal de Luís Filipe Menezes em defesa dos utentes: “apelo ao presidente da Câmara, que sempre defende os interesses de Vila Nova de Gaia, é justo dizê-lo, que também vá para a frente da luta e que não aceite a despromoção do Hospital de Gaia”.

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