A dívida dos países mais pobres vai ser suspensa por um período de 12 meses para os ajudar a atravessar a crise criada pela pandemia de covid-19, indicou hoje o ministro das Finanças saudita, Mohammed al-Jadaan, após uma reunião do G20.
“Assumimos um compromisso claro, através de organizações internacionais, o FMI (Fundo Monetário Internacional) e o Banco Mundial. A suspensão da dívida é verdadeiramente importante, significa que os países pobres não têm necessidade de se preocupar em como fazer os pagamentos nos próximos 12 meses”, declarou em conferência de imprensa o ministro das Finanças da Arábia Saudita, país que preside atualmente ao G20, grupo que reúne as principais economias mundiais.
Antes da conferência de imprensa, já tinha sido divulgado um comunicado indicando que os ministros das Finanças e os líderes de bancos centrais do G20 deram hoje o seu aval a uma suspensão temporária do serviço da dívida dos países mais pobres, após uma reunião por videoconferência.
Na terça-feira, o G7 (que junta os sete países mais ricos) já se tinha afirmado favorável a esta iniciativa para permitir que os países mais pobres possam enfrentar os impactos económicos e sanitários da pandemia de covid-19, mas com a condição de receber a aprovação do G20.
“Estamos determinados a não poupar esforços para proteger vidas humanas”, disse Mohammed al-Jadaan.
O ministro saudita afirmou ainda que, neste período inédito, é preciso apoiar o mais possível a economia mundial e assegurar a resiliência do sistema financeiro.
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