O novo presidente do Partido Popular Europeu (PPE), Donald Tusk, anunciou hoje, em Zagreb, que será decidido em janeiro o futuro do partido húngaro Fidesz, liderado pelo primeiro-ministro Viktor Orban, que está suspenso devido a posições populistas.
O PPE (grupo de centro-direita e que integra os eurodeputados do PSD e o do CDS) decidiu suspender o Fidesz, na sequência de declarações do primeiro-ministro húngaro e líder do partido sobre Bruxelas e a questão dos migrantes, tendo havido então vozes a reclamar a sua expulsão do maior grupo político do Parlamento Europeu.
Em conferência de imprensa em Zagreb, onde decorre o congresso do PPE que elegeu Tusk como presidente, este adiantou que será apresentado, por uma comissão, um relatório sobre a conduta do membro húngaro “antes do final do ano”.
“A minha intensão é ter uma decisão sobre esta questão até ao final de janeiro”, disse Tusk, um dia depois de ter discursado contra “autocratas” e “populistas”, ao assumir a liderança do PPE, em substituição do francês Joseph Daul, cargo para o qual foi o único candidato.
O grupo conservador PPE mantém-se o maior do Parlamento Europeu, com 182 lugares em 751, tendo perdido 34 nas eleições europeias de maio, face às anteriores.
Donald Tusk (62 anos) cumpriu dois mandatos, num total de cinco anos, como presidente do Conselho Europeu, cargo que deixará em 01 de dezembro, sendo substituído pelo ex-primeiro-ministro belga Charles Michel.
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