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Futuro da medicina passará sempre por relação entre médico e doente

A relação entre médico e doente e a visão humanista da medicina na era da evolução tecnológica vão estar no centro do debate do congresso da Ordem dos Médicos (OM) que hoje começa em Lisboa.

No primeiro de dois dias do congresso, a OM vai assinar um acordo de cooperação com a União Europeia dos Médicos Especialistas, mediante o qual as duas instituições vão colaborar na acreditação de eventos internacionais de formação médica contínua.

Para o bastonário da OM, Miguel Guimarães, este acordo é “um momento histórico”, para continuar a elevar a formação médica contínua.

O congresso, que decorre hoje e sábado em Lisboa, é “virado para o que poderá ser o futuro da medicina”, avaliando os impactos da tecnologia e os desafios que são colocados à medicina por esta evolução.

Miguel Guimarães disse à Lusa que a relação médico/doente e a visão humanista dos cuidados de saúde devem ser sempre o centro da medicina, por mais evolução tecnológica que ocorra.

“A medicina não sobrevive sem o médico, nem a tecnologia será benéfica sem a nossa intervenção”, disse Miguel Guimarães, sublinhando que a relação médico/doente é um património que tem de ser preservado.

“Por mais tecnologia e evolução, o futuro da medicina nunca deve deixar de ter no seu centro a visão humanista e a relação médico/doente”, defendeu.

O bastonário acredita que o médico nunca será substituível pela tecnologia, apesar de reconhecer a importância da evolução tecnológica para a medicina, permitindo tratamentos mais eficazes e diagnósticos mais rigorosos.

E é a relação entre médicos e doentes que a OM pretende preservar, alertando para a “pressão exagerada” que, nomeadamente em Portugal, existe sobre os profissionais de saúde para responderem às necessidades.

“Estamos a fazê-lo em défice, sem ter o capital humano adequado”, lembrou, sublinhando que o tempo é fundamental na relação entre doentes e clínicos.

A OM vai avançar em breve, segundo o bastonário, com a definição dos tempos padrão para as consultas das várias especialidades, tempos que terão de ser respeitados para a marcação entre as várias consultas, quer no público quer no privado.

“Isto não resolve os problemas, mas é um contributo. Temos também de nos consciencializar todos de que os doentes precisam de mais tempo, isso diminui o erro médico, diminui a conflitualidade. É necessário tempo para conversar com o doente e tirar dúvidas”, disse Miguel Guimarães a propósito do 21.º Congresso da OM, sob o tema “O Futuro na Medicina”.

Lusa

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Lusa

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