Desporto

Futre em mais uma entrevista épica

Paulo Futre voltou a falar da sua carreira e de alguns temas mais ou menos controversos. Paulinho, como é ainda hoje conhecido nos corredores do futebol português, revelou, desde logo, a altura em que começou a fumar.

“Com 12 anos. Foi no barco, para passar o tempo comecei a fazer bolinhas de fumo, comecei a travar e nunca mais parei, até hoje”, disse em entrevista ao Expresso.

“Normalmente antes de entrar em casa escondia o tabaco e metia uma pastilha na boca. Fui apanhado, já com 14 anos, pela minha mãe. Tinha o tabaco nas meias. Ela normalmente cheirava, ia à procura, mas não encontrava nada. Até àquele dia. A bronca foi dura”, acrescentou, falando sobre a abordagem feita pelo FC Porto quando jogava no Sporting.

“Veio uma pessoa ter comigo ao estádio, depois do treino. Eu costumava apanhar boleia com o Manuel Fernandes, que era o capitão da equipa e vivia em Sarilhos, ao lado do Montijo. Essa pessoa leva-me até junto do carro dela com a conversa de que ia mostrar-me catálogos de casas na Costa da Caparica e depois diz-me: ‘Chamo-me Domingo Pereira e venho a mando do presidente Pinto da Costa’. Eu assustei-me, espantei-me e menti ao Manuel, disse-lhe ia ver umas casas à Costa da Caparica. E fui para a Av. da República, para a sede do FC Porto. E é aí que falo pela primeira vez, ao telefone, com o Pinto da Costa e ele tem a célebre frase: ‘Paulinho, aí não te querem, mas aqui vais ser tu e mais 10′”, recorda.

Nesta entrevista, Futre falou também sobre a sua vida mais particular na Invicta.

“Tinha [namorada], no Montijo. Depois durou pouco. A distância… e depois o jogador do FC Porto é rei. É perigoso para um jogador solteiro, porque és adorado, querido… para teres uma amiga especial não precisas de sair de casa. Por isso, a Isabel, a mãe dos meus filhos, foi muito importante.”

O famoso carro amarelo elogiado por Pinto da Costa

Depois do FC Porto, Futre rumou ao Atlético de Madrid e exigiu, entre outras coisas, um carro.

“No avião de Milão para Madrid, eu ia de costas para o piloto, à minha frente ia o Pinto da Costa e ao lado dele o Gil y Gil, que acabou por adormecer. Nessa altura digo ao Pinto da Costa: ‘E se este gajo perde as eleições?’. E ele: ‘Ele vai ganhar, vai ganhar’. Mas eu disse-lhe: ‘Presidente eu amanhã quero o Porsche'”.

No dia seguinte, Futre foi levantar o carro… de cor amarela. “Exato. Mais incrível ainda, que não sabia na altura, só soube depois, é que a cor do azar dos espanhóis, é o amarelo. Nunca tinha visto um carro amarelo. Quando vi o carro comecei a recuar e a barafustar com a cor, e às tantas ouço o Pinto da Costa: ‘Ó Paulinho, o carro é muito bonito, não é?’. [gargalhada]. E pronto, fiquei com o carro.”

Nesta entrevista, o antigo jogador recordou ainda presentes que recebia enquanto atleta.

“Quando estava no auge recebia de tudo. Muitos soutiens, cuequinhas, chuchas. Tirando as fotografias de tudo e de todas as maneiras”, disse, lembrando que foi “muito assediado” nos tempos em que “era jogador do FC Porto e do Atlético de Madrid.”

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