Desporto

Futebol argentino interrompido a pedido dos jogadores e treinadores

O presidente do Sindicato dos Futebolistas Argentinos (FAA), Sergio Marchi, disse hoje que o governo irá suspender o futebol devido ao surto de Covid-19, a pedido de jogadores e treinadores e à recusa do River Plate em jogar no sábado.

“Matías Lammens [ministro argentino do Turismo e do Desporto) vai anunciar. Estão a terminar de redigir a resolução que eu já conheço e agora vamos esperar pela comunicação do Estado para se tornar público”, disse Sergio Marchi ao canal TyC Sports.

O ex-futebolista Diego Maradona, recorrendo às redes sociais, manifestou já a sua total concordância com a decisão de suspender o futebol argentino e endereçou, do fundo do coração, o seu apoio a Sergio Marchi.

A Superliga argentina publicou uma carta enviada por Matias Lammens, na qual a prática de futebol é suspensa até 31 de março, com efeitos imediatos, pelo que o jogo de hoje entre o Independiente e o Villa Mitre será adiado, após “ter recebido a preocupação dos futebolistas e treinadores”.

Na declaração, o ministério argentino que tutela o Desporto “recomenda” a suspensão dos treinos pelo mesmo período. A Argentina era o único país da América do Sul que ainda não tinha parado o futebol, como forma de impedir a propagação da Covid-19.

O coronavírus responsável pela pandemia da Covid-19 infetou mais de 180 mil pessoas, das quais mais de 7.000 morreram. Das pessoas infetadas em todo o mundo, mais de 75 mil recuperaram da doença.

O surto começou na China, em dezembro, e espalhou-se por mais de 145 países e territórios, o que levou a Organização Mundial da Saúde a declarar uma situação de pandemia.

Depois da China, que regista a maioria dos casos, a Europa tornou-se o epicentro da pandemia, com mais 67 mil infetados e pelo menos 2.684 mortos, o que levou vários países a adotarem medidas excecionais, incluindo o regime de quarentena e o encerramento de fronteiras.

Em Portugal há 448 pessoas infetadas, segundo o mais recente boletim diário da Direção-Geral da Saúde, mais 117 do que na segunda-feira, dia em que se registou a primeira morte no país.

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