Economia

Fundação dos Magalhães com contratos de meio milhão de euros apesar da ordem para fechar

magalhaesO Governo anunciou em 2011 que a Fundação para as Comunicações Móveis, famosa pela distribuição dos Magalhães, iria ser extinta. Este ano, a mesma FCM celebrou contratos que atingem quase o meio milhão de euros em pagamentos.

A Fundação para as Comunicações Móveis (FCM), criada em 2008 para, entre outro serviços, distribuir os computadores Magalhães, devia ter sido extinta com as dívidas às operadoras móveis liquidadas até ao final do ano passado, como prometeu o secretário de Estado das Obras Públicas, Transportes e Comunicações, Sérgio Monteiro.

As duas promessas governamentais falharam, avança hoje o jornal I: não só a FCM continua ativa como tem celebrado contratos. Só este ano, os acordos assinados prevêm uma despesa que chega quase ao meio milhão de euros.

Dos três contratos assinados em 2014, dois foram com sociedades do grupo PriceWaterhouseCoopers (PwC). De acordo com os dados constantes no portal Base, a PwC tem sido a principal ‘fornecedora’ da FCM: foram 14 contratos desde que Mário Lino, o então ministro das Obras Públicas, Transportes e Comunicações, criou a fundação em 2008.

Em termos monetários, o Estado já pagou à PwC, através da FCM, um montante de 420,5 mil euros.

O mesmo jornal recorda que o Governo admitia, em 2012, pagar até ao final de 2013 os cerca de 70 milhões de euros que devia às operadoras móveis, ato necessário à extinção da fundação. Os dados mais recentes, não confirmados nem pelo Governo, nem pelas operadoras, apontavam para uma dívida a rondar os 32,5 milhões de euros em novembro do ano passado.

Apesar de ser uma fundação privada, a FCM, criada para apoiar os programas e.escola e e.escolinhas, recebeu 454,4 milhões de euros do Estado só entre 2008 e 2010.

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