Euromilhões

Funcionária da Santa Casa ‘trama’ euromilionária do Marco

No depoimento em tribunal, Rita Queirós garantiu que foi Abílio Ribeiro quem se apresentou como o vencedor do Euromilhões, complicando a vida de Amélia de Jesus, conhecida como a euromilionária do Marco de Canaveses.

O caso remonta a março de 2013, quando Abílio e Amélia, que então eram casados, venceram um jackpot de 51 milhões de euros.

Agora, a euromilionária do Marco exige ao ex-marido uma indemnização de 13 milhões de euros, alegando ter sido ela a ‘verdadeira’ vencedora do concurso.

Chamada a depor, Rita Queirós, funcionária do Departamento de Jogos da Santa da Misericórdia no Porto, identificou Abílio como sendo quem reclamou o prémio.

“Para nós, o premiado foi o senhor Abílio. O prémio foi reclamado por ele, foi ele que se identificou como vencedor e isso é o que nos interessa. Foi a ele que pagámos”, sustentou.

A testemunha salientou ainda que estranhou quando começou “a ouvir dizer que a dona Amélia era a euromilionária”, mas calou-se porque não lhe “competia dizer” a verdade.

Abílio Ribeiro telefonou duas vezes para os serviços da Santa Casa, em ambas alegando ser o vencedor e fornecendo os dados de identificação, o número do talão e o contacto.

“Quando nos reunimos na Santa Casa, a dona Amélia disse que afinal era ela a premiada”, continuou a funcionária: “Depois de contactar Lisboa, expliquei que quem tinha reclamado o Euromilhões tinha sido o senhor Abílio e que, se existisse algum problema, o pagamento era suspenso e tínhamos que averiguar quem afinal era o premiado”.

O cheque acabou por ser passado em nome de Abílio, após uma conversa entre o casal.

Nesta sessão do julgamento foi também ouvida Susana Teles, a diretora do Novo Banco de Matosinhos (onde o prémio foi depositado), que… deu razão à euromilionária do Marco.

“A dona Amélia é que tinha o talão vencedor e foi ela que tratou de o guardar no cofre”, afirmou.

“Foi ela que tratou sempre de todas as negociações. Disse-nos que foi ela a jogar e a ganhar. O senhor Abílio estava sempre calado, nunca disse uma coisa nem outra”, reforçou a testemunha, embora relevando que o cheque estava em nome de Abílio Ribeiro.

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