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Frente Sindical propõe atualização de três por cento dos salários e pensões para 2019

A Frente Sindical, coordenada pelo Sindicato dos Quadros Técnicos do Estado (STE), propôs hoje ao Governo uma atualização salarial e das pensões de 3 por cento para os funcionários públicos em 2019, há quase uma década sem aumentos.

“Vamos iniciar o processo. Esta é a proposta que consideramos justa. Esperamos que o Governo faça a escolha certa”, disse aos jornalistas a presidente do STE, Maria Helena Rodrigues, na apresentação da proposta que integra o caderno reivindicativo da estrutura sindical para 2019.

A Frente Sindical estima que o congelamento das remunerações e das progressões desde 2010 (2009 foi o último ano em que houve aumentos salariais, 2,9 por cento) tenha já resultado numa perda de poder de compra estimada na ordem dos 10 por cento.

“Vamos iniciar o processo negocial e ver a abertura do Governo”, disse a sindicalista que espera iniciar as negociações com o Executivo em setembro.

“É chegado o momento do Governo dar o primeiro sinal de aumento salarial aos funcionários públicos”, disse.

A Frente Sindical propõe também ao Governo o descongelamento mais célere da progressão na carreira, a atualização do subsídio de refeição para 6 euros e a reposição dos três dias de férias retirados em 2014.

A estrutura pretende ainda a descida da taxa de desconto da ADSE de 3,5 por cento para 2,5 por cento a pagar em 12 meses, em vez dos atuais 14, bem como a revisão do sistema de avaliação (SIADAP), com eliminação do sistema de quotas e regras mais benéficas para carreiras contributivas longas.

A Frente Sindical quer também regras menos penalizadoras para as reformas antecipadas, com a atenuação do fator de sustentabilidade e, em termos de justiça fiscal, reivindica a atualização dos escalões do IRS em 1,5 por cento e a diminuição do IVA da eletricidade e do gás natural para 6 por cento.

O primeiro-ministro, António Costa, tem dito que discutirá “no momento próprio” propostas de aumentos salariais com os sindicatos, mas afirma que prefere usar eventuais folgas orçamentais a contratar funcionários públicos.

Esta posição contraria as pretensões dos parceiros do PS no apoio parlamentar ao Governo minoritário (PCP, BE e PEV), mas António Costa admite que, para o Orçamento do Estado de 2019, é necessário encontrar equilíbrios entre as várias posições, prometendo, porém, que continuarão a ser descongeladas as carreiras na função pública.

A Frente Sindical integra o STE – Sindicato dos Quadros Técnicos do Estado, o SNPL – Sindicato Nacional dos Professores Licenciados, o STI – Sindicato dos Trabalhadores dos Impostos, o SE – Sindicato dos Enfermeiros, o SPP – Sindicato dos Profissionais da Polícia e o SIPE – Sindicato Independente Profissionais de Enfermagem, são as seis estruturas sindicais representadas.

Lusa

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