O comandante do Costa Concordia, Francesco Schettino, acusado de ter provocado o naufrágio do navio no passado dia 13 de janeiro, já tinha provocado outro acidente enquanto comandava uma embarcação, a Costa Atlântica, que tentava atracar num porto alemão em 2010.

De acordo com informações veiculadas na imprensa italiana, Francesco Schettino “manobrou com uma velocidade entre 7.7 e 7.9 nós à entrada do porto de Warnemunde [norte da Alemanha], causando danos no navio de cruzeiros Aida Blu”.

Schettino era na altura comandante do Costa Atlântica, tendo danificado o referido Aida Blu, alegando numa carta que “não conhecia o limite de velocidade e não tinha recebido nenhuma notificação de infração por parte das autoridades competentes”.

Francesco Schettino continua em prisão domiciliária, acusado de múltiplos homicídios por imprudência, naufrágio e abandono do navio.

Recorde-se que o acidente ocorreu no dia 13 de janeiro e o Costa Concordia transportava mais de 4000 pessoas, quando embateu numa rocha, junto à ilha de Giglio, que rasgou o casco do navio. Em barcos e a nado, quase todos os passageiros e elementos da tripulação conseguiram escapar.

Um diálogo entre o comandante do navio Costa Concordia e a capitania italiana prova que o Francesco Schettino abandonou o barco antes da retirada de todos os passageiros. Schettino não acatou a ordem da capitania: “Comandante, é uma ordem. Volte e coordene o resgate, porque há mortos”. O comandante apanhou um táxi e foi para um hotel.