Está cumprida a primeira promessa! O Presidente francês, François Hollande, divulgou os nomes que irão constituir o novo Governo e dos 34 ministros, 17 são homens e outros tantos são mulheres. Apesar das 17 pastas distribuidas às senhoras ministras, nenhum é das mais importantes.
A primeira promessa eleitoral está cumprida e é logo no seu próprio Governo. Nunca tal tinha acontecido no Eliseu. Os cargos ministeriais estão repartidos em igualdade entre homens e mulheres, apesar de nenhuma mulher ter ficado com as pastas mais importantes. A porta voz do governo será a jovem franco-marroquina de 34 anos, de nome Najat Vallaud-Belkacem acumulando o ministério dos Direitos das Mulheres. Najat já tinha sido a porta voz de campanha de Hollande.
A pasta da Justiça está atribuida a Christine Taubira, de 60 anos, que ficou famosa por ter sido a autora da lei que classificou a escravidão como crime contra a humanidade. Aurélie Filippetti ocupa o cargo de ministra da Cultura, Marisol Touraine, de 53 anos, ficou com o ministério dos Assuntos Sociais e da Saúde.
Jean-Marc Ayrault será o novo primeiro-ministro, num governo onde inclui muitas caras novas no mundo da política. Mas também será preenchido por caras conhecidas dos franceses, tais como o ex-primeiro-ministro Laurent Fabius, que será o novo ministro dos Negócios Estrangeiros, bem como Pierre Moscovici, diretor da campanha presidencial socialista, passa a tomar conta de uma pasta tão importante nestes tempos de crise, como é a das Finanças.
Laurent Fabius tomará conta do ministério das Relações Exteriores e será o número dois do governo. Sobre a sua alçada terá o ministro de Assuntos Europeus, Bernard Cazeneuve. Michel Sapin, homem muito próximo de Hollande, será o ministro do Trabalho, enquanto que Arnaud Montebourg, terá a seu cargo a pasta da Reindustrialização.
O ministério da Defesa estará á responsabilidade de Jean-Yves Le Drian, que propõe a retirada das tropas francesas do Afeganistão antes do final deste ano. Manuel Valls, ficará com o ministério do Interior, ele que foi diretor de comunicação da campanha de Hollande.
Quem fica de fora desta lista, é a ex-companheira de Hollande, Ségolène Royal. Mas é sabido que caso a esquerda vença as eleições legislativas no próximo mês de junho, Royal terá como objetivo ganhar a presidência da Asesmbleia Nacional.