Os grandes rendimentos são o alvo do Presidente de França, François Hollande, que prometeu numa entrevista a TF1 aplicar 75 por cento de taxa para os rendimentos anuais que ultrapassem um milhão de euros. “A medida será cumprida sem exceções”, prometeu Hollande, que apresentou a sua agenda para a recuperação económica.
Firme e sem vacilar, François Hollande garantiu que vai avançar com uma taxa extraordinária de 75 por cento para os rendimentos elevados, que superem um milhão de euros. Trata-se do cumprimento de uma promessa eleitoral, nas Presidenciais francesas, que conduziram Hollande ao Eliseu. E por isso o chefe de Estado de França não recua e promete cumprir a palavra dada ao eleitorado.
Assim, os rendimentos elevados (onde se incluem os jogadores de futebol) serão um dos alvos na agenda para a recuperação económica, que François Hollande pretende levar a cabo. Em entrevista à estação televisiva TF1, o chefe de Estado de França assegurou que “não haverá exceções” nesta medida, que será “limitada no tempo” e que terá em consideração outros impostos pagos pelos cidadãos que se encontrem abrangidos pela nova taxa.
Prevê-se que este imposto extraordinário dure dois anos. Para François Hollande, esta decisão pretende ser um sinal para a sociedade. França deve privilegiar a justiça social, mesmo que algumas “medidas possam ser consideradas simbólicas”. São decisões “importantes na construção de um país solidário”, aponta.
“Assumo o compromisso de fazer com que os franceses digam, em 2017, que as suas condições de vida são melhores do que as atuais”, prometeu Hollande, nesta entrevista, onde abordou outros tópicos da sua agenda para a recuperação.
O Presidente de França promete “dedicar dois anos para pôr em prática uma política para o emprego, competitividade e para o reequilíbrio das contas públicas”. O combate ao desemprego está no topo da agenda, num país onde há 10 por cento de população desempregada – cerca de três milhões de franceses. François Hollande acredita que necessitará apenas de um ano para inverter o crescimento do desemprego.
França deverá apresentar na próxima semana uma revisão em baixa do crescimento para 2013, de 0,8 a um por cento. O chefe de Estado decidiu em uma previsão “realista”, para evitar surpresas. “Não quero que preparar o Orçamento com pressupostos que se provem, mais tarde, que são errados”, sustenta Hollande, que prevê um crescimento na ordem dos 0,3 por cento.
