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França admite sanções da UE ao Irão por suspensão de parte do acordo do nuclear

A ministra francesa das Forças Armadas, Florence Parly, admitiu hoje que a União Europeia pode impor sanções contra o Irão na sequência da suspensão por Teerão de parte do acordo de 2015 sobre o nuclear.

“Isso fará parte das opções que serão analisadas”, afirmou a ministra em declarações ao canal BFM TV e à rádio RMC.

“Se os compromissos não forem respeitados, claro que a questão será colocada”, acrescentou.

O Presidente do Irão deu hoje 60 dias às potências mundiais para se negociar um novo acordo nuclear, adiantando que em caso contrário retomará o enriquecimento do urânio.

Hassan Rouhani anunciou a redução dos compromissos assumidos pelo Irão no âmbito do pacto de 2015 num discurso à nação que fez hoje, precisamente um ano após a decisão do Presidente norte-americano, Donald Trump, de retirar os Estados Unidos do acordo nuclear e de retomar as sanções contra Teerão.

Os outros signatários do acordo – Reino Unido, França, Alemanha, Rússia e China – mantiveram o acordo, mas mostraram-se incapazes de contornar as consequências da retirada dos Estados Unidos, o que levou Teerão a perder várias vantagens económicas que tinha.

O acordo internacional sobre o nuclear iraniano determinou que a República Islâmica aceitaria aceitar limitações e maior vigilância internacional do seu programa nuclear, que sempre garantiu ser apenas civil, em troca do levantamento de sanções.

Os países europeus devem reagir coletivamente e de forma “extremamente clara” a partir de Bruxelas, defendeu a presidência francesa.

“Não queremos que Teerão anuncie ações que violem o acordo nuclear porque, caso isso aconteça, seremos obrigados a adotar as medidas previstas no acordo e retomar as sanções”, sublinhou.

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