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Fragata Álvares Cabral deixa hoje Cabo Verde onde testemunhou “avanço” dos militares

A fragata portuguesa Álvares Cabral deixa hoje o mar de Cabo Verde, onde chegou a 29 de janeiro, tendo o comandante da missão testemunhado nesse período a “evolução” dos fuzileiros, militares e elementos da Guarda Costeira desse país.

“Estive cá no ano passado e encontrei agora uma evolução positiva”, disse à Lusa o comandante da missão Mar Aberto, capitão-de-mar-e-guerra Nuno Noronha Bragança que em 2018 esteve em Cabo Verde com a mesma missão, realizada no âmbito da cooperação técnico-militar e de ações de diplomacia, em particular com os países da CPLP.

Segundo Nuno Noronha Bragança, “esta missão dá continuidade ao que tem sido a participação de Portugal, através das suas Forças Armadas, e da Marinha em particular, no que é o esforço internacional do reforço da segurança no golfo da Guiné e nomeadamente a capacitação dos países da região, da CPLP”.

Em Cabo Verde, prosseguiu, os elementos da missão realizaram várias ações com a Guarda Costeira de Cabo Verde, ao nível da “instrução, de apoio, de manutenção, troca de conhecimento, criação de confiança mútua”.

“Desenvolvemos várias ações com os fuzileiros da Guarda Costeira e demos apoio no transporte material do acordo trilateral entre o Luxemburgo, Portugal e Cabo Verde”, referiu.

A fragata transportou ainda transporte de material de “muitas organizações portuguesas que quiseram apoiar algumas comunidades de Cabo Verde”, tendo também trabalhado em conjunto com alguns centros de saúde no apoio médico.

Nuno Noronha Bragança sublinhou que este trabalho é tão grande que já é também “um encontro de famílias, militares que trabalham e que são da Guarda Costeira de Cabo Verde e encontram familiares na Marinha de Portugal. Este foi um encontro de Marinhas, Guardas Costeiras, mas também de famílias”.

“É muito interessante ver gente que vem ter connosco e que se recorda de momentos em que Portugal esteve lá, esteve lá com as suas Forças Armadas e a sua Marinha, e recordam momentos que ocorreram há 20 anos em que famílias vieram para Cabo Verde de zonas de maior crise e conflito e foi este navio, navios desta classe, que os trouxeram. Isto é muito gratificante”, adiantou.

Saídos de Lisboa a 22 de janeiro, os 156 elementos da bordo – com 25 mulheres, o que transforma a fragata Álvares Cabral a embarcação com mais mulheres – parte hoje em direção aos Camarões, antes de chegar a São Tomé e Príncipe.

A fragata segue depois para Angola, onde apoiará a presença do Presidente da República português, Marcelo Rebelo de Sousa, em março, nesse país, além de realizar exercícios.

Esta embarcação e a sua equipa irá participar num “grande exercício internacional na região do Golfo da Guiné, com o propósito de reforçar as questões da segurança marítima”, antes de uma escala na Costa do Marfim.

A chegada a Portugal está prevista para 06 de abril.

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