Desporto

FPF responsabiliza Benfica ou Liga pela divulgação de documentação das águias

Os contratos de Facundo Ferreyra e Nicolás Mora terão sido entregues a um blogue ou pelo próprio Benfica ou pela Liga, concluiu o diretor de tecnologia da Federação Portuguesa de Futebol (FPF), Hugo Freitas.

De acordo com a Sábado, a auditoria forense realizada por Hugo Freitas descartou que a fuga de informação, que levou o Benfica a ameaçar apresentar uma queixa-crime contra a FPF (e outras três entidades, uma delas a Liga), tivesse origem na estrutura federativa.

A revista cita uma das conclusões constantes na auditoria: “A comparação entre o ficheiro existente no site mercadodebenfica e a versão enviada pela Liga para a FPF dita que não são o mesmo ficheiro”.

Isto significa que o diretor de tecnologia da FPF detetou as “marcas personalizadas encapotadas” que o Benfica colocou nos contratos dos dois reforços, divulgados publicamente pelo blogue Mercado de Benfica Polvo.

A documentação foi enviada a quatro entidades, como informou publicamente a SAD encarnada: plataforma FIFA TMS, Liga Portugal, Federação Portuguesa de Futebol e, “por se tratar de jogadores estrangeiros”, Serviço de Estrangeiros e Fronteiras.

Hugo Freitas lembrou ainda que “a Federação Portuguesa de Futebol não recebe diretamente” a informação dos clubes das provas profissionais, sendo essa enviada pela Liga “por email para uma conta da FPF”.

Os documentos são enviados num formato comprimido, mas “com uma password fraca”, reforçou.

A auditoria apontou ainda o dedo à “forma pouco segura” como a Liga envia ficheiros para a FPF, exemplificando com o envio de uma password… numa conversa através do Facebook.

“É uma prática completamente inaceitável e que revela um profundo desrespeito pela criticidade da informação e por todas as entidades envolvidas que se vêem agora envolvidas em suspeição”, frisou o diretor de tecnologia da FPF.

Mas Hugo Freitas não descartou a hipótese da fuga de informação ter tido origem dentro do próprio Benfica, apresentando dois factos para sustentar a tese.

O primeiro revelou que Paulo Figueiredo, da assessoria jurídica das águias, enviou um email a 5 de julho para o SEF, duas pessoas da Liga e outras duas da FPF.

Outro facto que suporta a ideia de que a fuga de informação poderá ter tido origem no Benfica é a semelhança dos metadados, continua a citar a Sábado.

Os documentos divulgados pelo blogue foram criados com os metadados KMBT_C454e e KONICA MINOLTA bizhub C454e, que são os mesmos de centenas de documentos que têm sido revelados desde há meses e que são provenientes do acervo de emails do Benfica.

Hoje, o blogue divulgou os contratos de Diogo Gonçalves e Cristian Lema.

O post mais recente é… a página das conclusões da auditoria forense da FPF.

O Benfica ainda não reagiu ao artigo da Sábado, mas através de uma fonte, apresentada pelo Record como sendo oficial, desvalorizou a credibilidade da auditoria.

Quanto ao contrato de Lema, a SAD adiantou, em comunicado, tratar-se de “uma montagem ridícula e falsa”, salientando que foram apagadas “as assinaturas dos subscritores” e colocados “dois xx na data com o claro intuito de induzir que a origem das fugas de informação não estavam nas entidades que rececionaram os contratos”.

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