FC Porto e Benfica dividiram pontos na abertura da sexta ronda do campeonato. Kléber e Otamendi marcaram para os anfitriões, Cardozo e Gaitán selaram os tentos encarnados. Os técnicos Vítor Pereira e Jorge Jesus não ficaram satisfeitos com o resultado.
A primeira nota a destacar é o facto de os dois treinadores apostarem em equipas de cariz ofensivo, sem excessivas preocupações defensivas. Os onzes habituais mostraram dois rivais que revelaram mais coragem do que receio.
No entanto, o FC Porto entrou a dominar e durante a primeira parte foi sempre mais ofensivo. Artur Moraes destacou-se na turma encarnada: o guardião das águias deitou por terra grande parte das investidas da turma de Vítor Pereira. Hulk foi o mais ativo no ataque, neste período.
Depois de um lance de ataque muito bem construído, Artur Moraes trava uma oportunidade de ouro de Fucile, Até que aos 37 minutos Kléber põe um ponto final na ineficácia do dragão e abre o marcador.
Uma falta no lado direito, cometida por Maxi Pereira, permite um lance perigoso, que Guarín e Kléber transformam em golo, com o futuro internacional canarinho (convocado para o próximo particular do Brasil) a desviar de cabeça um belo cruzamento colombiano.
Mas se Hulk estivera em destaque pelas oportunidades que criou, acaba por ter o seu nome inscrito na origem do golo do empate. Perde a bola, numa saída para o ataque, para… Aimar. Erro fatal, porque o argentino descobre Nolito. O passe para Cardozo é perfeito, assim como a finalização do paraguaio, que remata por debaixo do corpo de Helton.
Dragão em queda
Com uma eficácia tremenda, o Benfica repõe a igualdade. Mas por pouco tempo. Num duelo na esquerda entre Varela e Emerson, o portista leva a melhor e cruza para Otamendi, que numa incursão ofensiva não falha.
O FC Porto respondia com a mesma moeda: a coroa da eficácia. Eficácia que faltou mais tarde, nas oportunidades entretanto criadas, que poderiam sentenciar a partida. Artur Moraes volta a sobressair e o dragão assusta-se.
Cardozo falha o empate num contra-ataque, sempre com a magia de Aimar a pintar o futebol encarnado. Ficava lançado o aviso. Aviso que se repete. E Gaitán sai da sombra, primeiro para ameaçar, com uma jogada que termina num remate perigoso, depois de ultrapassar toda a defesa portista.
A turma de Vítor Pereira tremia, perante uma águia cada vez mais ameaçadora. Já com Saviola em campo – o argentino chegou a marcar um golo, mas em fora de jogo –, e com um Maxi mais ofensivo, o Benfica tenta o tudo por tudo.
Após um lançamento lateral, Cardozo e Saviola abrem alas para a magia de Gaitán. Saviola, com um passe soberbo, deixa o seu compatriota com Helton pela frente. O disparo é letal e nem a barra socorreu o dragão.
O FC Porto não escapou ao segundo empate consecutivo e o Benfica escapa a uma prova de fogo… Uma palavra para a arbitragem, que esteve ao nível de um grande jogo, e outra para os dois técnicos, que quiseram vencer, não conseguiram e por isso ficaram insatisfeitos.
Veja os melhores momentos do jogo:
https://www.youtube.com/watch?v=lsvm-sJRvd8
