A recente polémica suscitada pela não autorização da competição de velocidade i-Drive Cup – destinada aos pequenos Ford Fiesta – motivou uma nota de esclarecimento por parte da Federação Portuguesa de Automobilismo e Karting (FPAK).
Num comunicado a entidade federativa considera que teve em conta a intenção de trazer o público “de volta às pistas permanentes, de onde tem estado arredado”.
Para a FPAK o retorno mediático é um fator decisivo para as escolhas das competições existentes, pois é ele que garante os patrocinadores. E lembra que “qualquer evento, desportivo ou não, se não tiver um bom cartaz dificilmente conseguirá atrair público”.
A equipa liderada por Manuel Mello Breyner refere que no caso específico da i-Drive Cup, e embora a nova competição seja organizada “por uma empresa que no passado já deu provas de o saber fazer”, trazendo “consigo uma marca de grande nome e tradição” no automobilismo não lhe pareceu “ser a melhor ideia”.
Segundo a FPAK “é fácil constatar que neste momento a oferta é superior há procura”, e a i-Drive Cup “iria dispersar a já pouca procura existente”. E o que iria suceder era “a transferência de pilotos de umas competições para outras”.
A entidade federativa defende a existência de competições com grelhas numerosas, e apesar de ter ficado contente com a possibilidade do regresso de uma marca há muito afastada do automobilismo português, ficou simultaneamente preocupada.
“Há que ter o cuidado de criar as condições ideais para que regressem, mas, mais importante, que se mantenham. Senão corremos todos o risco de dar um tiro no pé”, lê-se no comunicado da Federação Portuguesa de Automobilismo e Karting.
“Também, sempre a pensar em salvaguardar o investimento das marcas, entendemos que uma competição monomarca deve ter o seu tempo próprio, de modo a se rentabilizar. Assim, foi única e exclusivamente baseado nestas premissas que tomamos a decisão de não autorizar a vinda de mais uma competição monomarca”, justifica ainda a FPAK.
