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Fotojornalista egípcio Shawkan sai em liberdade após cinco anos de prisão

O fotojornalista egípcio Mahmoud Abu Zeid, conhecido sob o pseudónimo Shawkan, detido em agosto de 2013 quando cobria uma manifestação na Praça Rabaa Al Adawiya, no Cairo, saiu hoje em liberdade ao final de cinco anos de prisão.

“Hoje celebramos a liberdade de Shawkan. Obrigado às dezenas e dezenas de milhares de pessoas que continuaram connosco e às muitas organizações que lutaram pela sua libertação”, escreveu a Amnistia Internacional, numa mensagem publicada no Twitter.

Shawkan foi detido em agosto de 2013, quando cobria uma manifestação de apoio ao ex-presidente islamita Mohamed Morsi, reprimida violentamente.

Detido na sequência destes incidentes, o fotojornalista foi condenado a cinco anos de prisão e chegou a arriscar a pena de morte. Em abril do ano passado, a Unesco – Organização das Nações Unidas (ONU) para a Educação, a Ciência e a Cultura – atribuiu a Shawkan o prémio anual de liberdade de imprensa Guillermo Cano.

Após o derrube, em 03 de julho de 2013, de Mohamed Morsi, o primeiro presidente eleito democraticamente no Egito, o país registou diversos meses de violência, com as forças de segurança a reprimirem de forma implacável as concentrações dos seus apoiantes.

Em 14 de agosto de 2013, forças militares e policias dispararam sobre milhares de pessoas que se concentravam numa ação de protesto na praça Rabaa al-Adawiya e numa outra do centro da capital, com um balanço de mais de 700 manifestantes pró-Morsi mortos nos dois locais.

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