Economia

Fortunas dos três portugueses mais ricos sobem 1,23 mil milhões em tempos de austeridade

euros 2Os três portugueses mais ricos passaram imunes à crise e à austeridade. Aliás, viram mesmo as suas fortunas crescer, durante os três anos de assistência da troika. São mais mil milhões de euros ‘nas contas’ de Américo Amorim, Alexandre Soares dos Santos e Belmiro de Azevedo, segundo números divulgados pela Forbes. Veja a comparação entre maio de 2011 e o mesmo mês de 2014.

Vamos a números. Em 2011, Portugal pede assistência financeira à troika e com novo Governo, o país enfrenta a mais dura política de austeridade, perante uma grave crise financeira.

Naquele ano, a fortuna dos milionários Américo Amorim, Alexandre Soares dos Santos e Belmiro de Azevedo estava avaliada em 6,47 mil milhões de euros, de acordo com dados da revista norte-americana Forbes.

Seguiram-se três anos de cortes nos rendimentos da Função Pública, nos pensionistas, agravamentos fiscais em alguns setores de atividade e agora, mais recentemente, há um anúncio de aumento de IVA (medida que não conta para esta análise).

E o que sucedeu às fortunas dos três ‘magnatas’? Passou daqueles 6,47 mil milhões para 7,7 mil milhões de euros, durante a vigência do programa de assistência. Esta subida é substancial: mais 19 por cento, em apenas três anos.

A classificação da Forbes relativa a 2014 coloca Américo Amorim como o português mais rico, com 3,85 mil milhões de euros de património pessoal. Amorim escalou 49 posições no ranking dos mais ricos do mundo. A Corticeira Amorim e a Galp Energia impulsionaram este enriquecimento, que em 2011 ‘se quedava’ pelo 3,7 mil milhões.

Alexandre Soares dos Santos segue-se na lista das fortunas (no que a portugueses diz respeito). E em comparação com o ano da entrada da troika, o proprietário do Pingo Doce tem mais 1,67 mil milhões.

E em terceiro lugar surge Belmiro de Azevedo (o 687.º mais rico do mundo), com uma fortuna de 1,8 mil milhões de euros, superior aos 1,1 mil milhões que detinha no ano de 2011.

Estes dados comprovam que a austeridade e a crise não importunou os mais poderosos. Mesmo a nível mundial, nas economias em crise, verificou-se um fenómeno semelhante.

Na lista da Forbes, Bill Gates recupera o posto de dono da maior fortuna do mundo, com 76 mil milhões de dólares, recuperando a posição do mexicano Carlos Slim.

Em destaque

Subir